quarta-feira, fevereiro 01, 2012

NOTÍCIAS DO DIA - 01/FEV/2012


Bom dia, boa tarde, boa noite Navegantes,

Estivemos fora do ar por uns dias, mas já estamos de volta a todo vapor! Hoje trazemos algumas notícias relevantes sobre o Agronegócio, área das mais importantes para o desenvolvimento do nosso País. Participe, dx a sua opinião!

Namastê!
Equipe A&J




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Louis Dreyfus muda CEO no Brasil e na área sucroalcooleira


Por Fabiana Batista | De São Paulo

"As mudanças vieram para reforçar o gerenciamento sênior do grupo no Brasil", disse Geld, que deixa as funções executivas e migra para atribuições estratégicas

A francesa Louis Dreyfus Commodities (LDC), uma das maiores companhias de agronegócios do mundo, com faturamento global de US$ 60 bilhões em 2011, promoveu em janeiro a mais profunda mudança dos últimos anos na cúpula que comanda suas operações no Brasil. Até então CEO no país, Kenneth Geld deixou o cargo e foi substituído por André Roth, que era diretor da área de trading de soja. Além de continuar na presidência do conselho deliberativo da empresa e de seu braço sucroalcooleiro brasileiro, a LDC-SEV, Geld passou a fazer parte do comitê executivo global da multinacional, como representante do Brasil. Outra mudança importante aconteceu na própria LDC-SEV. O executivo Bruno Melcher, até então CEO da divisão, deixou o cargo e a empresa, onde trabalhou por mais de 20 anos. Cristophe Akli, que era o braço direito de Melcher, assumiu o posto. "Foram promoções internas", esclarece Geld sobre os novos cargos de André Roth e Cristophe Akli. Ele reitera que o rearranjo na cúpula, que o tirou de funções executivas, não muda os planos já anunciados da empresa de investir R$ 7 bilhões no Brasil entre 2012 e 2016. "A mudança se fez necessária justamente para reforçar o gerenciamento sênior do grupo no Brasil, de forma a dar suporte para esse crescimento", explica o executivo. Os aportes previstos são 120% superiores aos investidos entre 2006 a 2010. Geld garante que a saída de Bruno Melcher da LDC-SEV foi uma decisão pessoal do executivo, que já tinha o desejo de tocar negócios próprios. Ele nega veementemente que seu desligamento tenha tido relação com os resultados obtidos na operação de açúcar e etanol nesta safra 2011/12. "Trata-se de uma especulação descabida. Os fornecedores conhecem a competência do Bruno e os investidores financeiros não exercem esse tipo de interferência na empresa. Além disso, a Dreyfus jamais faria isso com um profissional do gabarito do Bruno, há 20 anos na empresa". De acordo com fontes consultadas pelo Valor, as sinergias obtidas com os ativos adquiridos da Santelisa Vale não foram consideradas satisfatórias pelos acionistas minoritários da empresa - as famílias Biagi e Junqueira Franco. Também teria havido insatisfação com o resultado desta temporada, na qual a múlti teria processado apenas 28 milhões de toneladas de cana, diante de uma capacidade instalada de 40 milhões de toneladas. "Nossa moagem será maior do que 28 milhões de toneladas, mas divulgaremos [o volume exato] mais adiante", contesta Geld. Ele reconhece que o segmento passa por um momento difícil, provocado pela quebra da safra, mas destaca que a LDC-SEV registrou produtividade 5% maior que a média das usinas do Centro-Sul do país. Geld reforça que as mudanças no board da empresa no Brasil também não têm relação alguma com os resultados gerais da múlti no país. Ele reitera que, apesar de as concorrentes estarem mostrando lucros menos vultuosos - em parte por conta da enorme volatilidade nos mercados internacionais, inclusive de commodities - o resultado brasileiro da Dreyfus foi "recorde" ou "muito próximo" do recorde em 2011. Em 2010, a multinacional registrou no Brasil faturamento de R$ 10,8 bilhões, 45% mais que no ano anterior. Em entrevista ao Valor publicada na segunda-feira, a viúva e herdeira de Robert Louis-Dreyfus, Margarita Louis-Dreyfus, reconheceu que o lucro global em 2011 deve ter caído entre 20% e 30% em relação aos US$ 1 bilhão obtidos em 2010 - apesar de um faturamento 30% maior, de US$ 60 bilhões. Nesse contexto, ela afirmou que vai adiar qualquer decisão sobre uma eventual capitalização do grupo (lançamento de ações em bolsa, venda de participação ou fusão). "Temos apoio dos bancos para expandir os negócios. Por que perder a independência?", questionou.

Lucros menores provocam reestruturações em múltis
De São Paulo

A forte volatilidade dos preços das commodities agrícolas, sobretudo grãos e algodão, tornou mais difícil o ano de 2011 para as grandes tradings do agronegócio e provocou reestruturações nessas companhias. O Noble Group, com sede em Hong Kong, abriu a temporada de mudanças. Em novembro do ano passado, após registrar o primeiro prejuízo trimestral em 14 anos, anunciou a renúncia de seu CEO global, o brasileiro Ricardo Leiman. No mês seguinte, foi a vez de a americana Cargill anunciar a demissão global de 2 mil funcionários. A reestruturação foi feita também diante de um resultado mais fraco nos primeiros três meses do atual ano fiscal. Em outubro, a companhia anunciou que seu lucro líquido nos três meses encerrados em 31 de agosto havia caído 66% em relação ao mesmo período de 2010, para US$ 236 milhões. No começo deste ano, a também americana ADM (Archer Daniels Midland) anunciou um corte de 3% de sua força de trabalho global, o que significará a demissão de 1.000 pessoas. Ontem, veio à tona a razão de parte de sua reestruturação. A empresa informou que seu lucro líquido foi de US$ 80 milhões no trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2011, 89% menor do que o realizado um ano antes. "Foi um trimestre difícil", disse a principal executiva da ADM, Patrícia Woertz. "O ambiente operacional foi desafiador. A fraqueza em curso nas margens globais de óleos vegetais e os mais baixos resultados em milho machucaram o resultado do nosso segundo trimestre", explicou. Nos seis meses do ano fiscal, o lucro líquido foi de U$ 540 milhões, 49% menor do que os US$ 1,077 bilhão de igual semestre de 2010. As vendas líquidas subiram no trimestre para US$ 23,3 bilhões, ante os US$ 20,9 bilhões de igual trimestre do ano anterior. Nos seis meses do ano fiscal, a receita líquida também foi mais alta, de US$ 45,2 bilhões, ante os US$ 37,7 bilhões de igual intervalo de 2010. Boa parte do resultado mais baixo se deveu ao processamento de óleos vegetais, que declinou US$ 72 milhões no trimestre, segundo a empresa. O resultado do processamento de milho também caiu, além dos serviços agrícolas, cujo lucro recuou US$ 268 milhões. Segundo a ADM, a categoria "outros negócios" também teve resultados US$ 181 milhões menores. As perdas no negócio de milho refletem US$ 339 milhões em encargos de depreciação de ativos da unidade de produção de plásticos renováveis da ADM, localizada em Iowa (EUA). A empresa informou, no entanto, que excluindo os números dessa unidade, o negócio de processamento de milho registrou lucro de US$ 206 milhões. O resultado líquido da operação de adoçantes e amidos caiu US$ 46 milhões, para US$ 73 milhões no trimestre. O resultado do segmento de bioprodutos no trimestre passou de um ganho de US$ 486 milhões para uma perda de US$ 206 milhões. (FB)

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Subcomissão vai tentar superar impasse sobre venda de terras a estrangeiros

A subcomissão que analisa regras para a compra de terras por estrangeiros prorrogou suas atividades até 23 de março próximo. O colegiado não conseguiu encerrar seus trabalhos em 2011, em razão de um impasse entre o relator, deputado Beto Faro (PT-PA), e o presidente da subcomissão, deputado Homero Pereira (PSD-MT), que têm propostas divergentes. A principal diferença das duas propostas se refere à classificação de empresas brasileiras (proprietárias de imóveis rurais) com maioria de capital estrangeiro. Beto Faro as classifica como empresas estrangeiras, com uma série de limites para a aquisição de terras, e Homero Pereira as considera empresas brasileiras, sem limites para aquisição de imóveis.

Veja quadro comparativo sobre as duas propostas e a legislação atual:



Nesse aspecto, o texto de Faro transforma em lei um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) de agosto de 2010, atualmente em vigor. Um outro parecer da AGU, que vigorou entre 1998 e 2010, liberava empresas brasileiras com maioria de capital estrangeiro do registro de aquisição de terras pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Faro disse que a equiparação das empresas com maioria de capital estrangeiro a empresas nacionais, no período da vigência do parecer anterior da AGU, resultou em declínio da produção de alimentos básicos, como arroz e feijão, e aumento de produtos de exportação como a soja e madeira para celulose.

Regra antiga
A proposta do presidente da subcomissão retoma o parecer antigo da AGU nesse ponto (liberação para empresas brasileiras controladas por estrangeiros) e proíbe a aquisição de terras por organizações não-governamentais, fundos soberanos e fundações particulares administradas para estrangeiros. “Uma empresa brasileira com capital estrangeiro não pode receber o mesmo tratamento de empresas estrangeiras, porque ela está no Brasil, gerando emprego para o País”, afirmou Homero Pereira. Diante da falta de acordo com o relator, o deputado quer levar a discussão para a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, à qual a subcomissão é ligada.

Consenso
Os dois deputados estiveram na Casa Civil para tentar acertar com o governo um texto de consenso. Com a necessidade de aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) pelo Congresso, em dezembro, a análise da compra de terras ficou em segundo plano. “Optamos por fazer um trabalho conjunto com o governo. Acreditávamos que isso seria mais produtivo. No entanto, o governo não correspondeu às expectativas, e a demora só atrapalha investimentos no País”, ressaltou Pereira. Segundo Faro, não há motivos para adiantar a discussão. “Temos de costurar um acordo para ter uma lei estabelecida. Não adianta precipitar, votar logo”, disse. Além dos textos dos deputados, tramitam na Câmara seis projetos de lei que ampliam as restrições para esse tipo de compra. Uma proposta que limita a aquisição de terras na Amazônia Legal já foi aprovada pela Câmara e enviada ao Senado.

Áreas em posse de estrangeiros
De acordo com dados do Incra de janeiro de 2011, estrangeiros tinham posse de 4,5 milhões de hectares de terras no Brasil – área equivalente ao território da Suíça ou do Rio Grande do Norte. O número em 2010 era de 4,35 milhões de hectares – houve aumento de 3,44%. Esses dados, porém, não são precisos, por causa da subnotificação. O órgão estima que esse valor possa ser até três vezes maior. Essas terras estão distribuídas em 3.692 municípios, principalmente nos estados de Mato Grosso (19,9% do total), São Paulo (11,9%), Minas Gerais (11,3%) e Mato Grosso do Sul (10,8%). São Paulo é o estado com maior número de propriedades em mãos estrangeiras: 12.272 imóveis rurais.

CONHEÇA REGRAS DE OUTROS PAÍSES

Estados Unidos: Cada estado possui sua própria regra. Alguns exigem tempo mínimo de residência, outros limitam o tamanho máximo da terra. Em oito estados não há restrição nenhuma.

México: Apenas empresas sediadas no país podem comprar terras em áreas de fronteira e litorâneas. Para outras terras, não há restrição.

Argentina: Estrangeiros precisam de aprovação do governo para comprarem terras em áreas de fronteiras. Para outras terras, não há restrição.

Paraguai: Estrangeiros não podem comprar terras de fronteira nem provenientes de reforma agrária. Para outras terras, não há restrição.

Itália: estrangeiros não podem comprar terras de fronteira. Para outras terras, não há restrição.
Alemanha: Não há restrição.

França: Não há restrição.

Brasil: Estrangeiros não podem comprar terras de fronteira. Pessoas físicas estrangeiras podem comprar no máximo 5 mil hectares de área rural. Empresas estrangeiras podem comprar no máximo 10 mil hectares de área rural.

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Vaivém

MAURO ZAFALON

Oferta de arroz diminui no Sul e preços sobem

Os programas de apoio aos produtores desenvolvidos pelo governo no ano passado enxugaram o mercado de arroz. Além disso, o Brasil deverá atingir o recorde de exportações de 1,7 milhão de toneladas no período de março de 2011 a fevereiro de 2012. Com isso, a oferta de produto é escassa e os preços estão em alta no Rio Grande do Sul, principal Estado produtor no país. Em 15 dias, as máquinas vão a campo para o início da nova colheita. A redução de 11% na área semeada e eventuais problemas causados pela seca -os estragos ainda estão sendo avaliados- podem provocar uma queda de até 800 mil toneladas neste ano. A avaliação é de Claudio Pereira, presidente do Irga (Instituto Rio-Grandense do Arroz). A produção do cereal nesta safra deverá recuar para 7,5 milhões de toneladas, na avaliação do Irga. O arroz está sendo negociado de R$ 26 a R$ 27 por saca em casca no Sul. Pereira prevê que esses preços vão se sustentar nas próximas semanas, até que o ritmo da colheita se acelere, o que deverá ocorrer de 10 a 15 de março. Os preços mais elevados praticados no campo vão chegar ao consumidor. O presidente do Irga considera, no entanto, que há margem para essa alta devido à correção do salário mínimo e do aumento do emprego. Se a alta for muito acentuada, o consumo cairá, trazendo os preços de novo para baixo, diz ele. De acordo com Pereira, o patamar das negociações não deverá ser inferior ao do valor mínimo de R$ 25,80 estipulado pelo governo. Em abril de 2011, a saca de arroz chegou a ser negociada a R$ 18, segundo pesquisa da Folha. Isso não deverá ocorrer neste ano porque o governo está pronto para adotar novas medidas de apoio ao produtor, afirma Pereira. As exportações não deverão repetir o recorde desta safra, mas o setor não está disposto a perder os mercados conquistados.

Mais queda O litro de álcool negociado em Paulínia (SP) recuou para R$ 1,126, uma queda de 16% em relação ao pico atingido em 24 de novembro.

Menos leite A captação de leite recuou 2,2% em 2011, em relação a 2010. Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que pesquisa a captação nos sete principais Estados produtores.

Em queda Os preços continuam caindo. Em janeiro, o produtor recebeu 1,7% menos pelo leite entregue em dezembro. O valor médio nacional do litro do produto recuou para R$ 0,8316.

Forte queda O lucro líquido da ADM caiu 89%, para US$ 80 milhões no trimestre terminado em dezembro.

Difícil Foi um trimestre difícil, disse a presidente-executiva da empresa, Patricia Woertz. Desaceleração da economia mundial e comércio internacional fraco provocaram a queda.

Cana tem 1ª queda em cinco meses

Acompanhando as reduções de preços no setor, o valor do ATR (a taxa de açúcar recuperável da cana) caiu 0,2% em janeiro, a primeira queda em cinco meses. À exceção do etanol para exportação, houve recuo nos valores de todos os produtos do setor em janeiro. Os dois tipos de álcool comercializados no mercado interno lideraram as quedas: menos 7%. Perdem renda o produtor rural e as usinas. Já o consumidor aguarda recuo maior do preço nas bombas.

ALUMÍNIO
+ 2,13%
Ontem, em Londres

NÍQUEL
-1,03%
Ontem, em Londres

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