domingo, janeiro 29, 2012

BOM FINAL DE SEMANA!!

Bom dia, boa tarde, boa noite Navegantes,


Trazemos  três mensagens que nos fazem pensar em nossa vida, no que queremos.... Autoconhecimento é tudo de bom, nos faz enxergar a nós mesmo e assim, melhor compreender e respeitar o mundo que nos rodeia !


Um ótimo FDS a todos!!
Namastê!
Equipe A&J
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Arrependeu-se do que fez? Hora de agir feito gente grande!

:: Rosana Braga ::

Quem nunca agiu por impulso e se arrependeu depois, que atire a primeira pedra! A grande maioria das pessoas certamente já fez algo sem pensar e depois, ao cair em si, percebeu que deveria ter agido de modo diferente ou simplesmente não ter feito nada, pelo menos não naquele momento. Portanto, essa sensação de arrependimento certamente não é privilégio de poucos.  No entanto, você também provavelmente conhece aquele grupo de pessoas (e talvez até faça parte dele) que vive afirmando aos quatro cantos nunca ter se arrependido de nada do que fez! Os mais poéticos, inclusive, arriscam completar com "somente do que deixou de fazer".  Respeitando as singularidades e lembrando que não existe um jeito certo e um jeito errado de ser, devo dizer que, particularmente, não acredito que arrepender-se seja ruim ou sinal de falta de personalidade, como este grupo faz parecer. Pelo contrário, penso que denota boa dose de consciência. Demonstra que, se fosse possível, a pessoa teria agido com mais prudência, equilíbrio e coerência.  Bem, mas arrepender-se não basta! É preciso tentar consertar o estrago que você causou. Primeiramente, vale procurar os atingidos e desculpar-se, lembrando que um pedido de desculpa pode ser aceito ou recusado, e você terá de lidar com isso.  E é aí que a situação pode complicar. Quando você magoa ou prejudica alguém que decide não te desculpar, aquele gosto amargo do arrependimento parece teimar em não sair de você. Neste caso, o que fazer?  O fato de você ter deixado claro que se arrependeu é um ótimo começo, mas é, sobretudo, uma baita responsabilidade, porque arrependimento tem de ser sinônimo de aprendizado. Tem de significar que você fará de tudo para não cometer o mesmo erro. Tem de mostrar que você merece uma segunda chance.  De todo modo, ainda assim, o outro pode não conseguir te perdoar. Isso se chama "consequência". Tudo o que fazemos na vida nos rende consequências. Umas boas, outras nem tanto. E ingressamos na vida adulta com méritos justamente quando aprendemos a crescer e nos tornar melhores, especialmente com nossos próprios equívocos.  Enfim, arrependimento não conserta o que foi quebrado, não desfaz o que foi feito e não garante que você seja perdoado. Ainda assim, é possível superar a dor que ele causa. É possível transformá-lo em algo bom. E, acima de tudo, deve ser um convite ao autoperdão! Até porque se você mesmo não se perdoar, terminará empacado numa espécie de buraco, sem conseguir seguir adiante. Sem conseguir crescer.  Por essas e outras, além de se perdoar, que tal -a partir de agora- ser mais tolerante, gentil e compreensivo diante do erro do outro? Estou certa de que todos nós só temos a ganhar!

*Rosana Braga é Palestrante, Jornalista, Consultora em Relacionamentos  e Autora dos livros "O PODER DA GENTILEZA" e "FAÇA O AMOR VALER A PENA", entre outros.

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Como vou saber se estou no caminho certo?

:: Graziella Marraccini ::

Na semana passada, publiquei um artigo onde mencionei os efeitos do planeta Netuno (como o naufrágio do navio Costa Concordia e outros naufrágios recentes) que em fevereiro entra definitivamente e, nos próximos doze anos, no signo de Peixes. O mergulho de Netuno (Poseidon para os gregos) no reino onde ele é soberano não acontece neste momento por puro acaso. Como tudo no universo, aquilo que acontece em nosso planeta é causado por aquela sincronicidade fantástica que só é explicável quando a gente conhece o movimento do relógio cósmico. Por essa razão, a astrologia é chamada de "Relógio do Destino". No nosso universo, nada é devido ao acaso, pois tudo é regido pelas Leis Herméticas, ou Sete Leis da Sabedoria (link final do texto). Por mais que a gente não tenha pleno conhecimento dessas Leis que regem a manifestação da matéria, podemos reconhecer o fluxo das energias em manifestação num determinado momento e canalizá-las para usá-las a nosso favor. Apesar de nosso Livre-Arbítrio ser limitado, já que não modificamos o fluxo energético do Todo, podemos nos encaixar nesse fluxo em manifestação e, em nosso reduzido campo de atuação, aproveitar-nos dele positivamente. Não precisamos ser vítimas do destino.   No caso que analisamos atualmente, (o mergulho de Netuno em Peixes), devemos primeiramente compreender o arquétipo para depois colocá-lo no contexto do signo e, finalmente, na casa astrológica correspondente no nosso mapa. Netuno é o Senhor dos Mares. A ele foi atribuído o domínio das profundezas oceânicas onde ele permanecerá nos próximos doze anos aproximadamente. Mesmo quando parece tranqüilo na superfície, o mar é misterioso, insidioso, inquieto, e pode passar de calmo a agitado de um momento para o outro. O mar que ocupa dois terços da superfície do nosso planeta e que deu origem à vida, dá-nos o peixe que comemos, oferece-nos lazer e prazer, mas também engole navios e tesouros e se revolta em tsunamis furiosos tanto mais inexplicáveis que imprevisíveis!   A ação desse planeta ao qual se atribui a regência do signo de Peixes (último dos doze signos zodiacais) pode promover vícios e virtudes, sonhos e ilusões, criatividade e inspiração e até genialidade, mas como é difícil de dominar! Os piscianos que o digam! Regidos por esse planeta, podem passar do riso ao choro, da euforia à decepção, da generosidade ao egoísmo, da esperança ao desespero em poucas horas. Por essa razão, os piscianos são tão vulneráveis, inconstantes e sonhadores. Netuno, chamado de Solvente Universal, dissolve as fronteiras que separam as pessoas umas das outras e solta o controle rígido que sustenta nossas defesas. Netuno é a antítese de Saturno, pois derruba os muros que são as defesas que costumamos erguer para nos proteger e permite que aquelas partes da psique que mantemos sob controle, soltem-se e aflorem, chegando à superfície. Por essa razão, sua energia é tão criadora e é dela que se nutrem os artistas!   Então, caros leitores, já refletimos sobre como Netuno age na coletividade, não é mesmo? O recado é este: chegou o tempo da humanidade se preocupar com as águas, mares, oceanos, rios que são a fonte de nossa vida! Porém, como Netuno age sobre nós, como indivíduos? Como Netuno passa doze anos num signo, ele influencia toda uma geração, por isso, é considerado um planeta coletivo. No entanto, ele também age sobre cada um de nós, de forma positiva ou negativa. Tudo vai depender de nós, de como faremos o aprendizado "netuniano".  Sob sua ação, passamos o limite da realidade e entramos no reino espiritual, equilibramo-nos no abismo entre a matéria e o espírito, lá onde se divide a razão lógica da imaginação e da inspiração.  Netuno é um planeta 'invisível', pois está envolto numa nuvem de gás que impede que vejamos o seu solo. Por essa razão, ele influencia o 'invisível' de nossa mente, nossas faculdades psíquicas e com sua ação nos 'tira da real'! Isso me lembra o mito de Dionísio, o Deus grego do vinho e da poesia. Dionísio costumava reunir os seus devotos seguidores em orgias regadas a vinho e os deixava bêbados. Os efeitos intoxicantes e libertadores do vinho (o álcool relaxa as defesas) fazia com que eles se abandonassem, levados por sentimentos de enlevo, êxtase e euforia, e deixavam de lado aquelas regras e limitações (Saturno) que normalmente norteavam suas ações. É dessa forma que Netuno age sobre nós! Dionísio, sob os eflúvios do álcool (atualmente tem outras drogas igualmente poderosas) se fantasiava, vestindo-se com peles de animais, e promovia orgias com mulheres e vinho. Igualmente, sob o trânsito de Netuno e, especialmente, se ele está em aspecto de tensão com os luminares, podemos descobrir que nosso mundo está desmoronando, que as estruturas e apoios sobre os quais construímos nossa 'segurança' estão desaparecendo, e o controle de nossa vida nos escorrega das mãos. O efeito pode ser assustador! Pode ser também muito difícil aceitar que seu Eu Interior está precisando desse aprendizado, no entanto, tenham certeza que essa 'dissolução de fronteiras' é útil para o crescimento espiritual. Do mesmo modo que Dionísio, que teve seu corpo despedaçado pelos Titãs (Saturno era um Titã) e renasceu novamente graças à ajuda de Atena que deu o seu coração recuperado a Zeus (Júpiter) que lhe devolveu a vida, podemos renascer, mesmo se formos despedaçados. A esse propósito, lembremos que Júpiter era o antigo regente do signo de Peixes antes do descobrimento de Netuno.  Caros leitores, sob a ação de um trânsito de Netuno, morremos e renascemos várias vezes! Porém, mesmo se somos reduzidos em pedaços, encontraremos dentro de nós a essência que nos devolverá a vida! A centelha divina que reside em nosso coração nos fará renascer. Não é uma imagem maravilhosa essa que nos oferece a mitologia? O que nos salva e nos oferece a chance de renascimento é o coração, ou seja, nossa essência divina. Ou seja, é em nosso Chakra Cardíaco que reside nossa redenção! Os sentimentos de generosidade, compassividade, amor ao próximo, deverão ser as ferramentas para nosso renascimento e se as usarmos adequadamente saberemos, em nosso íntimo, que estamos no caminho certo para nossa evolução espiritual.   Continuarei as reflexões sobre os efeitos deste planeta em nossa vida, nos próximos artigos, mas aqueles que desejarem se aprofundar no autoconhecimento, oferecido pela astrologia, podem aproveitar a promoção especial (pacote Mapa Natal + Previsão Anual ou Previsão Anual + Revolução Solar) que permanecerá válida até final de fevereiro e pedir uma análise personalizada. Visitem meu site pessoal - www.astrosirius.com.br - e informem-se sobre as várias consultas.   Desejo que o Amor inunde o seu coração e acompanhe seus atos a todos os momentos do dia!  São Paulo, 24 de janeiro de 2012

*Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology.

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Crescimento

:: Elisabeth Cavalcante ::

A idéia de crescimento, em geral, está relacionada aos aspectos físicos do ser humano, porém, ele é muito mais amplo e ultrapassa os limites do crescimento biológico.  Crescer, no sentido mais profundo, significa superar a dimensão meramente animal e ir além da busca pela satisfação das necessidades básicas à sobrevivência.  Se não nos dedicarmos ao desenvolvimento de nosso crescimento emocional e espiritual, certamente levaremos uma vida muito menos preenchida da verdadeira satisfação.  Esta é uma tarefa que deveria, pelo menos a princípio, ser estimulada desde nossa mais tenra infância. Entretanto, não é o que acontece à maioria das pessoas.   Vamos, aos poucos, direcionando o foco de nossa vida ao mundo exterior, na busca de conquistas materiais, que embora necessárias, não constituem, em absoluto a única razão da vida.  Ao contrário, se não alimentarmos a dimensão interior de nosso ser, ao perdermos momentaneamente as bases materiais que nos sustentam, podemos sucumbir de modo definitivo ao desespero, à angustia e à depressão.  Refazer esta rota e retomar o caminho do qual fomos desviados, resgatando a conexão com a única realidade verdadeira, -o divino-, só pode ser possível se estivermos firmemente determinados a fazer de nossa vida uma trajetória de paz e alegria, ao invés de um simples caminhar ao encontro da morte.  


"Você disse recentemente que a maior parte da humanidade está vegetando, não vivendo. Por favor, explique para nós a arte de viver de maneira que a morte possa tornar -se também uma celebração. 

...O homem nasce para atingir a vida, mas tudo depende dele. Ele pode perdê-la. Ele pode seguir respirando, ele pode seguir comendo, ele pode seguir envelhecendo, ele pode seguir se movendo em direção ao túmulo - mas isto não é vida. Isto é morte gradual, do berço ao túmulo, uma morte gradual com a duração de setenta anos.

E porque milhões de pessoas ao redor de você estão morrendo esta morte lenta e gradual, você também começa a imitá-los. As crianças aprendem tudo daqueles que estão em volta delas e nós estamos rodeados pelos mortos. Então, temos primeiro que entender o que eu quero dizer por 'vida'. Ela não deve ser simplesmente envelhecer. Ela deve ser desenvolver-se. E isto são duas coisas diferentes. Envelhecer, qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é a prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam o direito.

Desenvolver-se significa mover-se a cada momento mais profundamente no princípio da vida; significa afastar-se da morte - não na direção da morte. Quanto mais profundo você vai para dentro da vida, mais entende a imortalidade dentro de você. Você está se afastando da morte; chega um momento quando você pode ver que a morte não é nada, apenas um trocar de roupas ou trocar de casas, trocar de formas - nada morre, nada pode morrer. A morte é a maior das ilusões que existe.

Para se desenvolver, simplesmente observe uma árvore. Enquanto a árvore cresce, suas raízes estão crescendo para baixo, mais profundas. Existe um equilíbrio; quanto mais alto a árvore vai, mais fundo as raízes irão. Você não pode ter uma árvore de cento e cinqüenta pés de altura com pequenas raízes; elas não poderiam suportar tal árvore imensa. Na vida, se desenvolver significa crescer profundamente para dentro de você mesmo - que é onde suas raízes estão.

...Para mim o primeiro princípio da vida é meditação. Tudo o mais vem em segundo lugar... Meditação significa entrar na sua imortalidade, entrar na sua eternidade, entrar na sua divindade. E a criança é a pessoa mais qualificada porque ela ainda está sem a carga da educação, sem a carga de todo o tipo de lixo. Ela é inocente. Mas infelizmente a sua inocência está sendo condenada como ignorância.

Ignorância e inocência têm uma similaridade, mas elas não são a mesma coisa. Ignorância também é um estado de não conhecimento, tanto quanto a inocência é. Mas existe também uma grande diferença, que passou despercebida por toda a humanidade até agora. A inocência não é instruída - mas também não é desejosa de ser instruída. Ela é totalmente contente, preenchida...

O primeiro passo na arte de viver será criar uma linha de demarcação entre ignorância e inocência. Inocência tem que ser apoiada, protegida - porque a criança trouxe com ela o maior tesouro, o tesouro que os sábios encontram depois de esforços árduos. Os sábios têm dito que se tornaram crianças novamente, que eles renasceram.

...Limpe a sua mente de tudo o que não é conhecido por você, de tudo o que é emprestado, tudo o que veio da tradição, convenção, tudo o que lhe foi dado pelos outros. Simplesmente, desfaça-se disto. Novamente seja simples, mais uma vez seja uma criança. E este milagre é possível pela meditação.

...O ser é você e descobrir o seu ser é o começo da vida. Então, cada momento é uma nova descoberta, cada momento traz uma alegria. Um novo mistério abre as suas portas, um novo amor começa crescer em você, uma nova compaixão que você nunca sentiu antes, uma nova sensibilidade a respeito da beleza, a respeito da bondade. Você se torna tão sensível que, inclusive, a menor folha de grama tem uma imensa importância para você. Sua sensibilidade torna claro para você que esta pequena folha de grama é tão importante para a existência quanto a maior estrela; sem esta folha de grama, a existência seria menos do que é. E esta pequena folha de grama é única, ela é insubstituível, ela tem a sua própria individualidade.

E esta sensibilidade criará novas amizades para você - amizades com árvores, com pássaros, com animais, com montanhas, com rios, com oceanos, com estrelas. A vida se torna mais rica enquanto o amor cresce, enquanto a amizade cresce... Quando você se torna mais sensível, a vida se torna maior. Ela não é um pequeno poço, ela se toma oceânica.

...A meditação lhe traz sensibilidade, uma grande sensação de pertencer ao mundo. Este é o nosso mundo - as estrelas são nossas e nós não somos estrangeiros aqui. Nós pertencemos intrinsecamente à existência. Nós somos parte dela, nós somos o coração dela. Em segundo lugar, a meditação irá lhe trazer um grande silêncio - porque todo o lixo do conhecimento foi embora, pensamentos que são partes do conhecimento foram embora também... Um imenso silêncio e você é surpreendido - este silêncio é a única música que existe. Toda música é um esforço para manifestar este silêncio de algum modo.

...A morte deveria ser uma aceitação pacífica, uma entrada amorosa no desconhecido, um alegre despedir-se dos velhos amigos, do velho mundo... Comece com a meditação e muitas coisas crescerão em você - silêncio, serenidade, êxtase, sensibilidade. E o que quer que venha da meditação, tente trazê-lo para a sua vida.

Compartilhe isto, porque tudo o que é compartilhado cresce mais rápido. E quando você atingir o momento da morte, você saberá que não existe morte. Você pode dizer adeus, não existe necessidade de nenhuma lágrima de tristeza - talvez lágrimas de felicidade, mas não de tristeza".

Osho, O Livro da Cura.

*Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.

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sexta-feira, janeiro 27, 2012

NOTÍCIAS DO DIA - 27/JAN/2012

Bom dia, boa tarde, boa noite Navegantes!!

Hoje abordaremos o tema Recursos Humanos. E por falar nisso, como anda a sua vida profissional?
Participe, opine!!


Namastê!
Equipe A&J
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Desemprego em 2011 é o mais baixo da história

Por Arícia Martins e Diogo Martins | De São Paulo e do Rio

Em 2011, menos pessoas procuraram um emprego. Por isso, apesar do menor ritmo de abertura de vagas, a taxa de desemprego foi recorde de baixa e alcançou 6% no ano. Esse é o menor nível desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reformulou a metodologia da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). No ano passado, a População Economicamente Ativa (PEA) avançou 1,2% sobre 2010, menor taxa desde 2006, com exceção de 2009, ano no qual a crise atingiu o mercado de trabalho e o crescimento foi de apenas 0,9%. Na mesma comparação, a população ocupada subiu 2,1% em 2011, após crescer 3,5% em 2010. Em dezembro, a taxa de desemprego recuou de 5,2% para 4,7%, menor nível para qualquer mês da série histórica da PME. Na passagem de novembro para dezembro, PEA - soma das pessoas trabalhando e em busca de emprego - recuou 0,9%, enquanto o número de ocupados ficou estável. "Dezembro é um mês em que se vê diminuição na desocupação, por haver redução na procura por trabalho, ocasionada pela proximidade do Natal e do Ano Novo. Por isso, a ocupação subiu pouco", disse o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, sem descartar outras razões para a redução do desemprego Na média de 2011, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 1.625,46, alta de 2,7% sobre 2010, menor que a variação daquele ano, quando a renda havia crescido 3,8% nessa base. Se, do lado da renda e da taxa de desemprego, os efeitos da desaceleração da atividade e da crise externa foram praticamente imperceptíveis, a perda de força na geração de empregos em 2011 é um sinal claro de que o mercado de trabalho responde, ainda que com defasagem, à evolução da economia, observa Fabio Ramos, da Quest Investimentos. Em sua visão, o crescimento da renda perdeu ímpeto no ano passado mais como efeito da inflação. "A ocupação mais fraca é o que reflete o nível de atividade corrente. Para a taxa de desemprego subir, é preciso que o PIB [Produto Interno Bruto] desacelere para algo em torno de 2%", calcula. Como para este ano os economistas ouvidos projetam que o PIB cresça cerca de 3,5%, a aposta é que a taxa média de desemprego em 2012 não vai atingir novo recorde de baixa, mas deve se manter próxima ou igual aos 6%. As estimativas da Tendências apontam para uma taxa de desocupação média de 5,8% em 2012, já que seu cenário não contempla uma ruptura no ambiente internacional. "Teremos uma blindagem contra a crise vinda do mercado de trabalho", diz o economista Rafael Bacciotti. Ele destaca, no entanto, que o aumento do salário mínimo pode ter um efeito inibidor sobre a geração de empregos, já que onera os custos da mão de obra. "Além disso, o mercado de trabalho já está com ociosidade reduzida." Por outro lado, o reajuste de 14,26% do mínimo a partir de janeiro, aliado a uma inflação menor, vai ajudar o rendimento médio real dos trabalhadores, que pode subiu mais que em 2011. Para Romão, da LCA, o crescimento da renda este ano só não vai ser mais acentuado porque as negociações salariais serão "mais árduas", como reflexo da desaceleração da atividade econômica.

Falta de emprego é maior entre jovens, mulheres e inexperientes
Por Carlos Giffoni | De São Paulo

Karina Pereira, 18 anos, ensino médio completo, mas sem experiência: dificuldade para arrumar o primeiro emprego

O desemprego brasileiro tem uma cara jovem, feminina, de média escolaridade e inexperiente. Para pessoas com essas características, a taxa de desocupação no Brasil é bem superior à taxa global de 4,7% registrada em dezembro do ano passado segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No último mês do ano passado, 1,1 milhão de pessoas estavam desempregadas nas seis capitais pesquisadas. Desses, 213 mil buscavam o primeiro emprego. Karina Pereira, de 18 anos, é um exemplo desse perfil. Ela acabou de completar o ensino médio e está procurando o primeiro emprego. Karina gostaria de trabalhar como assistente-administrativo ou na área de informática, já que pretende começar neste ano uma faculdade de ciências da computação. Encontrar um trabalho está entre as condições para cursar - e pagar - a faculdade. "Desde que me formei, meus pais, tios e amigos da família estão tentando me indicar trabalhos, mas até agora não encontrei nenhum. Estou ansiosa para começar", diz a jovem, que foi ontem pela primeira vez a um Centro de Apoio ao Trabalho (CAT) em São Paulo montar o seu perfil profissional e buscar vagas disponíveis. Não conseguiu nada. A pretensão salarial de Karina é de R$ 1 mil, "mas acho que devo receber mesmo é R$ 900 no primeiro emprego". Talvez a jovem esteja sendo muito otimista. Priscila Delphino, de Osasco, também tem 18 anos e procura o seu primeiro trabalho. Ela já foi duas vezes ao CAT e ontem saiu com uma entrevista marcada para recepcionista de cinema em um shopping. O salário oferecido pela empresa é o mínimo (R$ 622), abaixo da sua pretensão (R$ 900). Entre as vagas compatíveis com o perfil de Priscila, essa era a única que não exigia experiência. Ela chegou a fazer ensino médio técnico em gestão de empresas, mas as oportunidades em recursos humanos, área de interesse da jovem, não consideram o curso técnico como experiência. Ela conta que menos de um terço da sua turma de 22 alunos conseguiu emprego até agora.

A taxa de desocupação entre as mulheres fechou o ano passado em 6%, mas entre os homens o índice é de 3,7%. Essa diferença é histórica, mas, segundo especialistas consultados pelo Valor, vem diminuindo. "Um exemplo desse fenômeno é a redução da oferta de empregadas domésticas. As mulheres [com menos qualificação] buscam empregos em serviços, sendo que a renda não é, necessariamente, maior, mas há a questão do status social e de o trabalho ser mais regulamentado, com condições mais claras", afirma José Márcio Camargo, especialista em mercado de trabalho da PUC-Rio. O pesquisador também aponta a falta de conhecimento sobre o novo profissional como um problema. "Há assimetria de informações entre a empresa que disponibiliza a vaga e o candidato que quer ser empregado. Oferecer um salário compatível com a produtividade do trabalhador em seu primeiro emprego é extremamente difícil", diz. Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, relata assim a dificuldade do jovem: "Não tenho experiência, logo não consigo emprego; mas se não tenho emprego, não adquiro experiência". diz. "Além disso, muitos não querem a mesma profissão dos pais. Filho de peão, peãozinho não é, pois eles já cursaram o ensino médio", diz ele. O desemprego no Brasil também é mais baixo entre aqueles com poucos anos de estudo (3,7%) ou aqueles com ensino superior (4,5%). Para quem tem entre oito e dez anos de estudo, o que significa ter concluído pelo menos o ensino fundamental e, no máximo, o ensino médio, a desocupação é de 7%. Para Luiz Scorzafave, professor de economia da USP em Ribeirão Preto, há três principais hipóteses que justificam o desemprego maior entre as pessoas com nível escolar médio. "A quantidade de pessoas com nível médio incompleto está aumentando no mercado de trabalho e não há geração de vagas suficientes para essa qualificação. Além disso, como as pessoas estão estudando mais, a quantidade de postos de trabalho para pessoas com baixa escolaridade consegue atender a oferta. Finalmente, o número de pessoas com ensino superior está aumentando e elas têm um leque de opções maior. A pessoa com ensino superior pode exercer funções de quem tem menos qualificação. O contrário não é verdadeiro." Para Camargo, calcular a produtividade do candidato está entre as dificuldades que influenciam na taxa de ocupação do profissional com nível de escolaridade média. "Sobre o profissional mais qualificado, é fácil conseguir informações da qualidade da universidade cursada, por exemplo. No nível intermediário, não há informações disponíveis", diz ele. Apesar de o desemprego maior entre os jovens ser comum aos mercados de trabalho em todo o mundo, a falta de medidas que evitem o agravamento desse cenário pode trazer frustrações e atrapalhar o andamento da economia brasileira. Scorzafave alerta para o risco da informalidade. "Essa busca frustrada pelo primeiro emprego pode incentivar a informalidade. Um profissional relativamente qualificado pode aceitar se inserir de maneira mais precária no mercado de trabalho." O professor da USP-Ribeirão destaca a importância de investimentos para manter os alunos na escola e aumentar os anos de estudo. "Com mais tempo na escola, o jovem retarda a procura do primeiro emprego, entra no mercado mais qualificado e começa a contribuir com a previdência mais tarde, retardando a aposentadoria. São vários os aspectos positivos para o país", destaca.

Entre 2003 e 2011, rendimento dos sem carteira cresceu muito mais
Por Tainara Machado | De São Paulo

O mercado de trabalho brasileiro ficou mais formal nos últimos oito anos, mas os salários subiram mais para os informais. Entre 2003 e 2011, o rendimento médio real dos trabalhadores sem carteira assinada na iniciativa privada aumentou 39,2%, enquanto o salário dos trabalhadores com carteira avançou 10,9% na mesma comparação. Em 2011, o ganho médio dos trabalhadores informais foi 6,1% maior do que no ano anterior, quase quatro vezes mais do que o reajuste real dos empregados com carteira assinada, de 1,4%. Para os especialistas consultados pelo Valor, os mesmos componentes que criaram essa situação nos últimos anos - setor de serviços aquecido, aumento da escolaridade e valorização do salário mínimo - estarão presentes em 2012 e contribuirão para dar continuidade a esse processo. Para Naércio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, o aumento do nível educacional da população como um todo nos últimos anos teve forte efeito sobre os salários da parcela mais pobre. "Tradicionalmente, a categoria informal tem nível educacional mais baixo, mas de 15 anos para cá, a educação melhorou muito, principalmente para a população mais pobre."


Segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 39,1% dos trabalhadores sem carteira assinada tinham 11 anos ou mais de estudo em 2003. Em 2011, essa proporção saltou para 50,8%. "Com a evolução do nível de escolaridade dos trabalhadores informais, os salários também tendem a ser mais altos", afirmou Menezes Filho. Além disso, a política de valorização do salário mínimo, com aumento real acima de 60% desde 2003, tem impacto relevante sobre os trabalhadores sem carteira assinada, que o usam como um "farol", segundo o professor. Para José Márcio Camargo, professor da PUC-RJ e economista da Opus Investimentos, o aumento dos rendimentos dos empregados informais está atrelado mais ao aquecimento do mercado de trabalho e, principalmente, do setor de serviços, do que à recente evolução do salário mínimo. "Em geral, os salários no mercado informal tendem a ser mais flexíveis. Ou seja, é mais barato demitir e contratar quem não tem carteira assinada. Mas com taxa de desemprego muito baixa, os trabalhadores ganham poder de barganha e conseguem negociar aumentos maiores", diz Camargo. Os ganhos reais mais expressivos obtidos pelos trabalhadores informais vieram nos últimos três anos - período em que a taxa média de desocupação teve queda importante, passando de 8,1% em 2009 para 6% no ano passado. Além disso, Camargo ressalta que, com a valorização recente do real ante o dólar, a indústria perdeu competitividade, enquanto o setor de serviços ganhou dinamismo. Com a demanda aquecida e um mercado de trabalho apertado, os preços dos serviços subiram, e os salários no setor - que tem parcela importante de trabalhadores informais - subiram mais, proporcionalmente, do que na indústria, setor tradicionalmente mais formalizado. "Os preços finais ao consumidor de serviços como cabeleireiro, manicure e pedreiro aumentaram muito nos últimos anos. Em contrapartida, os rendimentos daqueles que vendem esses serviços também avançou", afirmou Fernando Mattos, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE, avalia que, de fato, a migração de trabalhadores informais para o setor de serviços contribuiu para a elevação dos salários dos trabalhadores sem carteira assinada. Azeredo destaca ainda que as estatísticas para o trabalho sem carteira assinada excluem os empregados domésticos, o que poderia, na avaliação dele, inflar ainda mais os números. No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o item empregado doméstico teve elevação de 11,38% em 2011. Camargo e Menezes Filho acreditam que a conjunção desses fatores continuará nos próximos anos. Para Camargo, há um limite, que será dado pela pressão inflacionária derivada do mercado de trabalho aquecido. Em sua opinião, é preciso avançar em reformas microeconômicas que elevem a produtividade do trabalho para compensar o aumento de custos. Para Mattos, do Ipea, ao menos no curto prazo essa dinâmica deve continuar, potencializada pelo aumento real de 7,5% do salário mínimo em 2012. Assim, a distância entre os salários dos trabalhadores formais e dos informais tende a diminuir mais. Em dezembro de 2003, um trabalhador que não tinha carteira assinada recebeu, em média, 60% do salário pago ao formal, percentual que subiu para 72% em dezembro de 2011. Para Azeredo, o salto de 12 pontos percentuais em oito anos é reflexo da evolução da conjuntura econômica e indica avanços na redução da desigualdade. "O estreitamento dessa relação significa que está havendo melhora da qualidade dos empregos criados, com menos subempregos na economia."

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O FGTS é obrigação do empregador e um direito do empregado

Todos os empregados que firmaram contrato de trabalho regidos pela CLT possuem o direito aos depósitos do FGTS. Também têm direito ao FGTS os trabalhadores rurais, os temporários, os avulsos, os safreiros (operários rurais, que trabalham apenas no período de colheita) e os atletas profissionais (jogadores de futebol, vôlei, etc.). O diretor não-empregado poderá ser equiparado aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. É facultado ao empregador doméstico recolher ou não o FGTS referente ao seu empregado. A opção pelo recolhimento estabelece a sua obrigatoriedade enquanto durar o vínculo empregatício. O empregador faz o depósito na conta vinculada ao FGTS do trabalhador. O depósito deve ser feito até o dia 7 de cada mês. O depósito equivale a 8% do valor da remuneração paga ou devida ao trabalhador, cujo contrato é regido pela CLT. No caso de contrato de trabalho firmado nos termos da Lei nº 11.180/2005, que trata dos contratos de aprendizagem, o percentual é reduzido para 2%. A cada dois meses, o trabalhador recebe em sua casa o extrato do FGTS, podendo verificar se os depósitos estão sendo efetuados regularmente. Caso o trabalhador não esteja recebendo o extrato, é necessário atualizar o endereço em qualquer agência da CAIXA. É muito importante que o endereço esteja completo. Caso perceba que o depósito não está sendo efetuado, o trabalhador deve procurar a Delegacia Regional do Trabalho - DRT, já que o responsável pela fiscalização das empresas é o Ministério do Trabalho e Emprego.

O FGTS pode ser sacado nas seguintes ocorrências:

- Na demissão sem justa causa;
- No término do contrato por prazo determinado;
- Na rescisão do contrato por extinção total da empresa; supressão de parte de suas atividades; fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências; falecimento do empregador individual ou decretação de nulidade do contrato de trabalho – parágrafo 2º do art. 37 da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário;
- Na rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior;
- Na aposentadoria;
- No caso de necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de desastre natural causado por chuvas ou inundações que tenham atingido a área de residência do trabalhador, quando a situação de emergência ou o estado de calamidade pública for assim reconhecido, por meio de portaria do Governo Federal;
- Na suspensão do trabalho avulso;
- No falecimento do trabalhador;
- Quando o titular da conta vinculada tiver idade igual ou superior a 70 anos;
- Quando o trabalhador ou seu dependente for portador do vírus HIV;
- Quando o trabalhador ou seu dependente estiver acometido de neoplasia maligna - câncer;
- Quando o trabalhador ou seu dependente estiver em estágio terminal, em razão de doença grave;
- Quando a conta permanecer sem depósito por 3 anos ininterruptos cujo afastamento tenha ocorrido até 13/07/90, inclusive;
- Quando o trabalhador permanecer por 03 (três) anos ininterruptos fora do regime do FGTS, cujo afastamento tenha ocorrido a partir de 14/07/90, inclusive, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta;
- Na amortização, liquidação de saldo devedor e pagamento de parte das prestações adquiridas em sistemas imobiliários de consórcio;
- Para aquisição de moradia própria, liquidação ou amortização de dívida ou pagamento de parte das prestações de financiamento habitacional.

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A Indústria do Assédio Moral e a Banalização do Direito

Por assédio moral podemos compreender a exposição repetitiva e prolongada do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, de sorte tornar instável a relação deste com o ambiente de trabalho e forçando-o a deixar o emprego

A ação é um direito constitucionalmente garantido a todos os cidadãos brasileiros e por meio do qual todos que se sentirem lesados ou sob ameaça de lesão estão autorizados a buscar a proteção estatal. Contudo, muito embora se trate de uma garantia constitucional necessária ao estado democrático de direito, não raras vezes há quem se valha da ação para obter enriquecimento ilícito. Como exemplo, sito o fenômeno que denomino de "a indústria do assédio moral e a banalização do direito". Desde já registro, sou vigorosamente a favor da proteção do empregado contra qualquer tipo de violência ou humilhação, me oponho sim à vulgarização deste direito. Por assédio moral podemos compreender a exposição repetitiva e prolongada do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, de sorte tornar instável a relação deste com o ambiente de trabalho e forçando-o a deixar o emprego. Assim, um primeiro aspecto há de ser registrado: nem toda conduta caracteriza assédio moral. Este restará caracterizado somente quando observada a repetição sistemática, a intencionalidade, a direcionalidade, a temporalidade e a degradação deliberada das condições de trabalho. Não raras vezes, ao propor reclamação trabalhista em face de seu antigo empregador, o ex-empregado pleiteia vultosa indenização por suposto assédio moral "sofrido", sempre respaldado pelo fato de que quase sempre é desobrigado das custas processuais na hipótese de sucumbência e muito dificilmente vem a ser condenado como litigante de má-fé. Esta "gratuidade" da justiça trabalhista permite aos reclamantes pretender, sem limite ou até mesmo a certeza do direito, sejam seus ex-empregadores condenados a pagar-lhes indenização, cujo fito não é outro que não o enriquecer sem justa causa. Modismo ou não, certo é que muitos pretendem caracterizar como assédio moral o controle de suas atividades por parte do superior hierárquico, afirmando se tratar de "rigor excessivo" Qual o quê! Seria outra a função de um supervisor ou coordenador que não a de obter o melhor resultado com o trabalho se seus subordinados? Obviamente não se permite a exposição dos empregados à humilhação, mas a cobrança do trabalho voltado ao alcance de bons resultados, a dedicação ao atingimento de metas possíveis e a concentração dos esforços da equipe passa ao largo de caracterizar o assédio moral. Conserva sim o empregador o poder de orientar o trabalho de seus subordinados, impondo-lhes metas factíveis – mesmo que desafiadoras – e cobrando adequada postura profissional. Além, afora a questão do controle, muitos são os motivos suscitados pelos trabalhadores em nome de um utópico assédio moral como, por exemplo, a substituição de função, a não concessão de férias no período solicitado, a não convocação para uma reunião etc. Em todas estas situações o empregador acaba por exercer sua prerrogativa, não podendo todo e qualquer ato ser visto como discriminatório. Muitas das vezes é o próprio empregado que se impõe a sensação de discriminação sem qualquer contribuição de seus pares ou superiores neste sentido e, a partir desta sua impressão, começa a perceber as situações cotidianas sob um prisma viciado e equivocado; se o empregador lhe ordenou é porque o persegue, se o empregador não lhe ordenou, é porque o ignora. Enfim, em que pese os princípios protetivos que norteiam a justiça laboral, é preciso guardar muita cautela e olhar com olhos bem críticos a enxurrada de pedidos de indenização, não permitindo que o processo se preste como instrumento de injustiça. Tarda a justiça do trabalho em dar um basta a esta verdadeira "indústria do assédio moral", seja julgando pela improcedência dos pedidos inverossímeis, seja – na hipótese de real situação – estabelecendo valores equilibrados e seja, por fim, condenando como litigante de má-fé aqueles que se lançam em verdadeira aventura jurídica.

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quinta-feira, janeiro 26, 2012

NOTÍCIAS DO DIA - 26/JAN/2012

Bom dia, boa tarde, boa noite Navegantes!

Hoje nosso tema será Sustentabilidade. Afinal, nossa sobrevivência depende das condições em que nosso planeta se encontra (que não é das melhores!!!).

Participe, deixe sua opinião sobre o tema!!

Namastê!
Equipe A&J
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Sacolinha paga encalha no supermercado

TONI SCIARRETTA/CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Caixas de papelão para embalar as compras tomaram conta dos carrinhos na fila dos caixas do Carrefour da Pamplona

Feriado na capital paulista e supermercados lotados. Diante de filas imensas nos caixas, os lojistas evitaram entrar em conflito com o consumidor que "não sabia", ontem, do fim da sacolinha plástica no Estado de São Paulo. Em vigor desde ontem, a mudança é fruto de um acordo do setor com o governo do Estado e não tem força de lei. Nos supermercados, os clientes preferiram não pagar até R$ 0,19 pela sacola biodegradável de amido de milho, que encalhou. Muitos optaram por caixas de papelão, que começaram a desaparecer ainda no início da tarde. Os caixas fizeram "vistas grossas" para o cliente que, não tendo como carregar as coisas, utilizou-se dos sacos plásticos distribuídos para embalar legumes. O supermercado Master do shopping Frei Caneca (centro) decidiu comprar sacolas de "plástico verde", feitas de álcool de cana-de-açúcar, para dar ao consumidor que fizesse questão da embalagem. Como é produzido com álcool (e não petróleo), que é uma fonte renovável, ele é considerado menos agressivo. Com exceção de poucos bate-bocas na boca do caixa, a receptividade foi boa e a maioria dos clientes foi "preparada" às compras. Quem não levou a própria ecobag comprou uma na hora. Os supermercados agora têm corredores inteiros de sacolas retornáveis, que custam a partir de R$ 0,70. Pouquíssimos consumidores testaram a nova sacolinha biodegradável de amido de milho. Apesar de o acordo prever a venda a R$ 0,19, o preço diminuiu para R$ 0,18 no Záffari, R$ 0,14 no Bergamini e R$ 0,10, no Andorinha. No Walmart do Pacaembu, região central, o comerciante Eli Andrade comprou uma sacolinha biodegradável para carregar 4 kg de açúcar. A sacolinha rompeu-se ainda no caixa e teve de ser substituída. "Será que vou ter que comprar duas sacolinhas?" O estudante Guilherme Lara comprou dez sacolas biodegradáveis no Extra do Itaim Bibi, zona oeste, para carregar as compras. Acabou usando só sete. "Vou ter que levar as outras para casa", disse.

FALTARAM CAIXAS 
No Carrefour Villa-Lobos (zona oeste), as caixas de papelão acabaram às 15h30. Clientes sem ecobag, como a empresária Tais Caline, acabaram carregando as compras soltas no carrinho. No hipermercado Andorinha e no supermercado Bergamini, ambos na zona norte da capital, as caixas de papelão começaram a sumir ainda no começo da tarde. A orientação dos funcionários aos clientes era garantir as suas caixas antes mesmo de iniciar as compras. Enquanto os funcionários do estoque repunham as mercadorias nas prateleiras, outros já estavam a postos com uma empilhadeira para levar as caixas recém-esvaziadas para a frente da loja. "Foi uma operação de guerra treinar as equipes em tão pouco tempo. Aprendemos com a experiência de lojas que já tiraram a sacolinha antes", disse Ligia Korkes, gerente de sustentabilidade do Pão de Açúcar. "A adesão foi ótima. É uma mudança de comportamento que o consumidor gostou de fazer", diz João Galassi, presidente da Apas (Associação dos supermercados de SP).

No interior, clientes apelam para as embalagens do setor de frutas
ELIDA OLIVEIRA/DE RIBEIRÃO PRETO/MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

No primeiro dia de validade do acordo que barrou as sacolinhas plásticas descartáveis em supermercados paulistas, consumidores de Ribeirão Preto e Campinas -duas das maiores cidades do interior do Estado- priorizaram embalagens retornáveis ou improvisaram na hora de carregar as compras, mas disseram que não vão abrir mão de outros sacos plásticos para colocar o lixo doméstico. Em Campinas, a 93 km de São Paulo, alguns consumidores se surpreenderam com a medida. Na região central da cidade, muitos saíram com os produtos nas mãos ou pegaram os sacos plásticos oferecidos no setor de frutas, legumes e verduras para levar outros produtos da compra. A auxiliar de limpeza Fátima Alves Pereira, 38, apelou a uma descartável que achou no escritório onde trabalha. "Comprar essa biodegradável que também vai para o lixo? De jeito nenhum. Não compro, levo na mão." A maior parte dos consumidores ouvidos pela Folha em Campinas disse que tem uma ecobag (retornável) em casa, mas que ainda não criou o hábito para utilizá-la. Em Ribeirão Preto, a 313 km da capital, a reportagem visitou os supermercados Extra, Dia e Alpheu. Só 2 dos 13 clientes entrevistados levaram as compras em caixas de papelão ou carrinhos de feira. Quatro compraram sacolas biodegradáveis por R$ 0,20 e os demais investiram R$ 2 nas retornáveis. "Quem ganha é o supermercado, que vai vender a outra [retornável] mais cara. O descarte do lixo doméstico continuará sendo feito em sacos plásticos", afirmou Carlos Gineti, 52, advogado, que carregou as compras em duas sacolas biodegradáveis. "Isso só foi [feito] para forçar a gente a comprar sacola", disse a doméstica Leonor Solange Alves, 52, que adotou a sacola retornável.

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Degelo polar penaliza fauna e flora mundial

JULIANA GONÇALVES

O derretimento do gelo elevou as taxas de mortalidade das focas harpa, que usam a costa leste do Canadá para dar à luz seus filhotes

Mesmo distantes das calotas polares, países tropicais como o Brasil têm sentido na fauna e na flora os impactos negativos do degelo no Atlântico Norte, consequência do aquecimento global. Lá, um efeito aparente é a mortalidade de focas harpa; aqui, a ameaça ronda baleias jubarte, tartarugas pente, albatrozes, papagaio-da-cara-roxa, recifes de corais e até as araucárias. O problema se expande em escala preocupante. O desaparecimento do gelo do Atlântico Norte está causando altas taxas de mortalidade entre focas harpa, revela estudo da Duke University (EUA) e do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW). Segundo a pesquisa, a superfície de gelo sofreu redução de 6% a cada década, desde 1979. As focas harpa usam as camadas de gelo da costa leste do Canadá para dar à luz seus filhotes nos meses de fevereiro e março, quando termina o inverno e inicia a primavera no Hemisfério Norte. O Departamento Canadense de Pesca calcula que 80% dos filhotes de foca nascidos em 2011 tenham morrido por falta de gelo. O estudo afirma que todos os filhotes morreram nos anos em que houve pouco gelo no oceano. Além de outros mamíferos árticos afetados pelo derretimento dos polos, como baleias belugas, pinguins e ursos polares, há outros animais em todo o planeta ameaçados pelas mudanças climáticas. Baleias jubarte, tartarugas de pente e albatrozes também estão no rol de animais ameaçados, segundo a coordenadora da campanha Clima e Energia, do Greenpeace, Leandra Gonçalves. No Brasil, o exemplo mais emblemático são os recifes de corais. “Em áreas tropicais, o aumento da temperatura do oceano afeta os corais e priva muitos outros habitantes de sua fonte de alimentos”, explica Leandra. Segundo ela, a extinção dos corais está se acelerando e estima-se que, em 50 anos, 80% dos corais de todo o mundo possam desaparecer. A elevação na temperatura das águas oceânicas não é a única consequência das mudanças climáticas que pode exterminar algumas espécies. Essas alterações no clima afetam o habitat, a alimentação e o ciclo reprodutivo de incontáveis animais. As tartarugas, por exemplo, têm sua reprodução ameaçada pela variação na temperatura da areia. “Elas dependem da temperatura adequada para o processo de choca dos ovos. Isso interfere na quantidade de filhotes que conseguem nascer”, explica o biólogo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS) Denilson Cardoso.

Risco de extinção 
O derretimento das calotas polares também representa perigo para espécies brasileiras. O papagaio-de-cara-roxa, espécie endêmica do litoral sul do Brasil, está sob risco de extinção. Uma das causas do declínio da população da ave no Paraná se deve ao aumento do nível do mar, onde a espécie se concentra na Ilha Rasa, facilmente coberta na maré alta. “As águas internas da ilha já estão se tornando salobras, o que afeta as árvores que servem de ninhos naturais”, diz Cardoso. O papagaio faz seus ninhos em ocos de árvores. Para tentar preservar a espécie, a SPVS tem implantado ninhos artificiais na ilha. O biólogo lembra que, apesar da tendência de se pensar apenas nas consequências do calor, as alterações nos períodos de frio e nos regimes de chuvas também representam ameaças para a manutenção de algumas espécies. “Alguns animais esperam o período de seca para se reproduzir; outros dependem da água e da umidade.” A alimentação é outro fator que ameaça a sobrevivência de animais diante das mudanças no clima. Segundo Cardoso, a elevação das temperaturas tem provocado a migração de algumas espécies vegetais. Um exemplo bem próximo é a araucária, que está se deslocando para regiões mais ao Sul, que são mais frias. “Os animais que se alimentam dessas culturas migrantes se deslocam também ou morrem de fome. Por isso vemos animais aparecendo nas cidades.” Outros fenômenos provocados pelas mudanças climáticas podem provocar alterações no habitat e ameaçar a sobrevivência de animais. Tormentas e tornados, por exemplo, podem destruir habitats e ninhos e interferir no sistema hídrico, impedindo gradativamente a reprodução das espécies.

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Malwee apresenta malha sustentável produzida a partir do reaproveitamento de óleo de cozinha e garrafas PET

Malha Susntentável é produzida com óleo de cozinha e garrafas PET e recebe amaciante de cupuaçu

A Malwee, que acaba de lançar a coleção Summer 2012, apresenta como novidade uma malha diferenciada, produzida a partir do reaproveitamento do óleo de cozinha, fios provenientes de retalhos e garrafas PET. Na Malha Sustentável, a produção ainda conta com a aplicação de um amaciante de cupuaçu que hidrata e oferece proteção natural contra os raios solares. O óleo de cozinha e os resíduos de tecido utilizados no processo produtivo são recolhidos com a colaboração dos próprios funcionários da Malwee e auxiliam na limpeza das malhas. Como acabamento, a Malha Sustentável recebe o amaciante de cupuaçu que também ajuda a absorver a umidade. O produto é fornecido através de parcerias com comunidades nativas da Amazônia, contribuindo com a geração de renda da população local e ampliando a consciência de preservação da floresta. As peças são uma continuação ao ciclo da moda sustentável, reforçando o conceito de sustentabilidade defendido pela Malwee. No último ano, a marca também lançou a malha PET, apresentada na coleção Inverno 2011.

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Pessimismo sobre Rio + 20 marca Fórum Social

Por Cristiane Agostine | De Porto Alegre

O clima de pessimismo sobre os rumos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, marcou o segundo dia de debates no Fórum Social Mundial Temático, em Porto Alegre. Ativistas criticaram o texto base das discussões da conferência, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro, e demonstraram temor sobre o possível fracasso do encontro. A aposta dos movimentos sociais é que, no caso de esvaziamento da reunião da ONU, as propostas apresentadas pela sociedade civil deverão ganhar força. Militantes ambientais, comunidades indígenas, sindicalistas, agricultores, grupos de mulheres, jovens e negros farão a Cúpula dos Povos, também no Rio, em paralelo à Rio +20, patrocinada pelos governos. O encontro sobre sustentabilidade que será promovido pelas Nações Unidas no Rio é um dos principais temas dos debates desta edição do Fórum Social Mundial Temático, além da crise do capitalismo e da justiça social. O evento de Porto Alegre, iniciado na terça-feira, será preparatório para a conferência do Rio. O empresário Oded Grajew, um dos idealizadores do Fórum Social Mundial, disse que o texto base das discussões da Rio + 20 está "muito abaixo das expectativas": "O documento não fala da desigualdade. Hoje, no mundo, 50% dos mais pobres detêm 1% da riqueza; 1% dos mais ricos detém 5% das riquezas e 10% dos mais ricos detêm 84% das riquezas. Fazer um documento como esse [sobre sustentabilidade] sem estar centrado no combate da desigualdade é enfiar a cabeça na areia." O consultor ambiental Tasso Azevedo mostrou-se desestimulado. "Não há mais tempo de pensar em grandes objetivos: temos que focar no que pode ser feito e como. Não conseguimos cravar onde queremos chegar. Assim ficará difícil cobrar as responsabilidades depois", disse Azevedo, ligado à ex-ministra Marina Silva. "A pobreza entra na discussão quase como uma condicionante: primeiro resolve a pobreza para depois falar de sustentabilidade. É uma falácia, quase igual àquela de deixar o bolo crescer para depois dividi-lo." O texto criticado por ambientalistas e ativistas foi divulgado pelas Nações Unidas no início deste mês e é a primeira versão a ser acordada e firmada pelos países na conferência do Rio. O documento de 19 páginas e 128 parágrafos recebeu contribuições de uma centena de países, que totalizaram mais de 6 mil páginas de propostas. Estrela do debate, o teólogo Leonardo Boff foi aplaudido ao reclamar das limitações da Rio +20 e do texto que serve de base para a conferência. "O documento como está não leva a nenhum lugar. Não enfrenta as questões, não assume nenhuma crítica ao sistema do capital. É um documento que já nasceu velho, no século XIX, atendendo aos interesses das grandes corporações. Será fácil aprová-lo, mas não terá nenhuma significância", comentou. O teólogo e filósofo Frei Betto lançou dúvidas sobre a "capacidade" da ONU e do G-8 em defender o tema do desenvolvimento sustentável. "Pelo que vimos em Copenhague, o G-8 não está interessado na questão ambiental", comentou. "Mas a Rio +20 pode ser um grande evento da sociedade civil. Agora que os países desenvolvidos estão em crise, o meio ambiente será a arma deles para aumentar a pressão sobre os países em desenvolvimento." Para a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, a Cúpula dos Povos, articulada pela sociedade civil, deve ser reforçada na Rio +20. "Infelizmente há uma posição dos governos de que se deva ter baixas expectativas em relação a esses fóruns internacionais. Fizeram isso na COP 16, no México, agora em Dubai, na COP 17, e não vai ser diferente na Rio +20", comentou. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, presente em outro debate sobre desenvolvimento sustentável, disse que a reunião que o Brasil sediará em junho é diferente de outras cúpulas de discussões ambientais. "É a primeira vez que nós colocaremos a sociedade civil na reunião da ONU, dentro do espaço da conferência, dialogando diretamente com o alto nível e com o secretário-geral das Nações Unidas. Esse modelo é único", disse Izabella.

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quarta-feira, janeiro 25, 2012

NOTÍCIAS DO DIA - 25/JAN/2012

Bom dia, boa tarde, boa noite Navegantes,

Começamos nosso dia de hoje, com matérias que nos fazem pensar sobre o que ingerimos para nos alimentar e qual será nosso futuro nesse aspecto, tendo em vista tantas inovações. Deixe seu comentário sobre o assunto!!

Namastê!!
Equipe A&J
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Fruta que é bom, só se encontra na embalagem

Por Luciana Casemiro

Frutas: produtos como iogurtes e refrescos simulam sabores sem ter polpa na receita
Tem foto de fruta na embalagem, cor de fruta, sabor de fruta, mas não tem fruta. Essa foi a constatação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em relação a oito dos 18 produtos alimentícios industrializados avaliados em sua última pesquisa. A análise levou em consideração se os apelos relacionados a frutas nos rótulos estão condizentes com o conteúdo. E revelou ainda que a situação entre os dez produtos, que de fato têm frutas na sua composição, não é muito melhor do que a dos demais: metade não informa o percentual de polpa e dos cinco que o declararam a variação fica entre 1% e 10% dos ingredientes. - É difícil para o consumidor leigo entender que o produto tem sabor de morango, mas não tem morango. E ao usar com grande destaque imagens de fruta na embalagem as empresas estão induzindo o consumidor a achar que está comprando um produto mais natural e saudável, o que nem sempre é verdade. Muitos têm excesso de açúcar e aditivos químicos justamente para imitar o sabor da fruta - destaca Sílvia Vignola, consultora técnica do Idec. Para o levantamento, o Idec analisou embalagens de três fabricantes, em cada uma das seis categorias de produtos.   No grupo dos iogurtes, foram avaliados Batavo Kissy morango, Lego Light Lective e Danoninho. No de refrescos em pó, Tang, La Frutta e Camp. Entre os isotônicos, Gatorade, Taeq e Marathon. Na classificação néctar de fruta, a pesquisa incluiu Top Fruit, Maguary e Del Valle-Kapo. Na categoria gelatina, Frutop, Dr. Oetker e Royal. E na de sorvetes, o sabor napolitano da Sorveteria Kidelícia de Sabor, da Nestlé, além do Kibon Balance. Para Antônio Augusto Fonseca Garcia, nutricionista e coordenador da unidade técnica do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), o que a indústria faz ao usar e a abusar da imagem das frutas como chamariz em suas embalagens é propaganda enganosa: - Há um apelo por uma alimentação mais saudável hoje em dia e as pessoas ao verem as imagens do rótulo são levadas a subliminarmente acreditar que estão comendo fruta. No entanto, os percentuais de polpa costumam ser insignificantes, a quantidade de açúcar muitas vezes é maior do que a dos refrigerantes. No fim do dia, quem consome muitos produtos industrializados pode, inclusive acabar ultrapassando o percentual máximo de aditivos químicos recomendados pela FAO - diz o nutricionista. Luciana Pellegrino, presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), admite que o uso de fruta na embalagem confere uma conotação mais saudável ao produto, mas pondera que o recurso também é usado para facilitar a identificação do sabor do alimento. Ela destaca que a indústria segue as normas legais e que o segmento não pode criar suas próprias regras. Eventuais mudanças, diz Luciana, têm que ser discutidas com o poder público e o consumidor. O Idec e o Conselho Federal de Nutricionista defendem, no entanto, mudanças imediatas independentemente da alteração das normas vigentes. Eles propõem informação mais clara ao consumidor, o que inclui além da divulgação do percentual de fruta dos produtos, a proibição do uso desproporcional ao conteúdo das imagens de frutas nas embalagens. - Existe uma lacuna na legislação, já que ela não prevê a divulgação do percentual de fruta na composição. Mas as empresas podem e devem ir além da regulação, para benefício do consumidor. Além disso, já há leis, como o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que obrigam a informação clara e ostensiva ao consumidor. É preciso melhorar as regras, mas é fundamental aumentar a fiscalização, o que já seria suficiente para implementar mudanças. Em enquete realizada pelo Idec, com internautas, aponta que 62% consideram difícil saber se há presença de frutas no alimento e que gostariam que houvesse uma regulamentação que obrigasse às empresas a informar o percentual na composição de seus produtos. Outros 25% defendem a mudança na regra para evitar propaganda enganosa. A coordenadora técnica do Idec, que há 30 anos se dedica ao segmento, afirma que até mesmo para ela, algumas vezes, é difícil retirar o máximo de informação dos rótulos. Sílvia explica, no entanto, que há alguns macetes que podem ajudar a "leitura" das embalagens: - Na listagem de ingredientes, por exemplo, os produtos aparecem em ordem decrescente. Ou seja, o primeiro da lista é sempre aquele que está em maior quantidade na composição. Outra informação que a maioria dos consumidores desconhecem é a diferença da definição entre suco, néctar e refresco. O primeiro é 100% fruta, o chamado néctar concentra de 30% a 40% de concentração, já os refrescos de 20% a 30% - explica Sílvia. As empresas foram procuradas pela reportagem e a Unilever, a Danone e a BRF Foods informaram que seus produtos atendem todas as normas vigentes no país. A KraftFoods, a Ebba e a Vigor disseram que as informações que constam da pesquisa foram fornecidas pelas empresas ao Idec. O Grupo Pão de Açucar informou que embora os produtos Taeq atendam às determinações da Anvisa quanto à rotulagem, vai analisar os pontos abordados pelo Idec quanto a uma possível reformulação dos rótulos.
Confira os produtos que têm e os que não têm fruta em sua composição:

Usa imagem de fruta na embalagem:

Tem fruta nos ingredientes:

Tem fruta e informa o percentual:

Fonte: O Globo - RJ
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Algas, insetos e carne artificial à mesa em 2050 contra a fome

Enrico Franceschini, La Repubblica
Tradução é de Moisés Sbardelotto
Depois da "revolução verde" para multiplicar a produção agrícola, eis uma nova emergência para o planeta. Os cientistas apontam para soluções insólitas, como a carne artificial, que já está em um estágio avançado.  O que comemos hoje? Uma sopa de algas, um belo prato de insetos fritos ou um hambúrguer artificial? Essas podem ser as delícias oferecidas pelos cardápios por volta do ano 2050, se quisermos saciar os 9,5 bilhões de terrestres que existirão em torno dessa data. Estudos das Nações Unidas indicam que, nos próximos 40 anos, seria necessário duplicar a produção mundial de alimentos para alimentar os 2,5 bilhões de terrestres a mais que se somarão aos 7 bilhões existentes hoje. Mas duplicar os alimentos produzidos é mais fácil de dizer do que de fazer: um bilhão de pessoas já sofrem de fome crônica, há pouco terras virgens para expandir novas culturas agrícolas ou de criação, os oceanos estão se esvaziando de peixes, e até corremos o risco de ficar sem água, que os ecologistas definem como "o novo petróleo", o recurso natural pelo qual se combaterão as guerras do futuro próximo.  E então? Há 50 anos ou mais, quando a população terrestre era metade da atual, mas começava um prodigioso crescimento demográfico, a resposta dos especialistas foi a chamada "revolução verde": um radical aumento de fertilizantes e de sementes híbridas para multiplicar a produção agrícola. Funcionou, porque, desde então, a Terra produziu duas vezes mais alimentos, mas ao preço de consumir três vezes mais de água e recursos do subsolo.   Cientistas da ONU dizem que não seria possível usar o mesmo método daqui até meados do século XXI. Para saciar o planeta em 2050, segundo uma ampla variedade de relatórios sobre o assunto citados pelo jornal The Observer, de Londres, é preciso um "repensamento geral" do problema. Será preciso mudar em busca de soluções insólitas.  Uma delas são as algas: simples organismos unicelulares que crescem rapidamente, mesmo em condições difíceis e podem ser usadas para uma enorme variedade de usos. Alimento para animais. Fertilizantes naturais. Até combustível: existe um programa chamado Algae Oil (pretróleo de algas), para explorar as potencialidades energéticas destas ervas. E um outro uso é o de alimento para seres humanos. Não é preciso esperar pelo mundo de 2050: isso já acontece, as algas são um alimento habitual do menu da China e do Japão. No reino animal, elas são comidas por criaturas de todos os tamanhos e características, dos camarões às baleias: por que nós, ocidentais, também não poderíamos comê-las? "Elas são a base de toda a vida", adverte o professor Mark Edwards, da Arizona State University.  Outra solução são os insetos. Gafanhotos, grilos, aranhas, vermes: digamos a verdade, não dão água na boca. Porém, cerca de 1.400 espécies de insetos são comidos na África, Ásia e América Latina. Há muitos que contêm proteínas, alta quantidade de cálcio, baixo conteúdo calórico. E, como as algas, os insetos têm uma vantagem a mais: são pequenos. Sua produção, mesmo em grande escala, não requer muito espaço. E não polui a atmosfera. A União Europeia concedeu recentemente um financiamento de 3 milhões de euros para todo país membro da União Europeia que incentiva o uso de insetos na cozinha. Portanto, preparemo-nos para o dia do gafanhoto (no fogão).  Há soluções que não chamam tanto a atenção, mas cujo sucesso ainda é incerto. A carne artificial: experiências para produzir hambúrgueres e frangos em laboratório estão em um estágio avançado e prometem resultados dentro de dois anos. Como não é possível aumentar os criadouros de carne natural (as vacas já ocupam um quarto de todas as terras cultiváveis e criam uma quantidade letal de gases nocivos), só resta esse caminho. Os "desertos verdes": enormes estufas nas áreas mais áridas do planeta, o Sahara Forest Project deve começar em 2015, a Grande Muralha Verde Africana (uma floresta de 15 quilômetros de largura e de 8 mil quilômetros do Atlântico até o Oceano Índico), no ano seguinte.   Por fim, os alimentos geneticamente modificados: especialistas chineses experimentam um "superarroz verde", mais fácil de crescer e nutriente, e há quem estude bananas com vitaminas extra, peixes que crescem mais rapidamente, vacas resistentes às infecções.

''O futuro não é dos transgênicos. Cruzaremos plantas de verdade''

O futuro não será dos transgênicos, mas sim dos cruzamentos tradicionais entre plantas. Realizados, porém, com os segredos do DNA à mão. Roberto Viola, diretor do centro de pesquisa e inovação do Instituto Agrário San Michele all'Adige, Fundação Edmund Mach, defende que a natureza já dispõe dos segredos para cultivar plantas em zonas áridas, quentes, salinas, para melhorar os nutrientes e para se defender dos organismos patogênicos. Cabe a nós selecioná-los.

Eis a entrevista.

Populações em crescimento e clima que muda. Como a agricultura está se preparando?
Na última década, sequenciamos os genomas de inúmeras espécies. Sabemos quais fragmentos de DNA tornam uma planta resistentes aos patógenos ou capazes de sobreviver em um clima difícil. À luz desses conhecimentos, hoje podemos escolher as plantas a serem cruzadas para obter novas gerações, que tenham as características desejadas. Estou falando de cruzamentos tradicionais, não de organismos geneticamente modificados.

E o futuro dos transgênicos?
A estratégia de lançar um único gene no DNA de uma planta é eficaz no curto prazo e, por isso, goza de muitos fundos privados. Mas, a longo prazo, acho que vale mais explorar os mecanismos que a própria natureza criou com a evolução. Será preciso uma vasta biblioteca de plantas agrárias que contenha as sequências genéticas das características que nos interessam. Daí poderemos obtê-las para projetar as variedades do futuro.
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Coca-Cola lança Maracujá&Nada

Fruta e nada de conservantes. Essa é a proposta da Maracujá&Nada, nova bebida da Coca-Cola Brasil que, ao lado da Limão&Nada, é a aposta da companhia para o verão. A nova bebida faz parte da família Del Valle e procura trazer a naturalidade, refrescância e praticidade como suas principais características. “Acreditamos que Maracujá&Nada fará tanto sucesso quanto Limão&Nada. As duas bebidas são alternativas aos sucos frescos, pois oferecem conveniência e praticidade sem abrir mão da naturalidade, sabor e qualidade. Limão e maracujá são frutas consideradas muito refrescantes, o que faz com que  esses produtos se adequem perfeitamente à ocasião das refeições”, explica John Pinto, diretor de marketing de Novas Bebidas da Coca-Cola Brasil. A bebida chega ao mercado em embalagens PET de 300 ml e 1 litro. Desenvolvidas pela Graham, as garrafas são envoltas por um rótulo sleeve, produzidos pela agência Oz Design, e contam com ilustrações bem humoradas do artista francês Serge Bloch. Com estreia esta semana, a campanha da Maracujá&Nada é composta por dois filmes de animação para TVs aberta e fechada, e peças em revista e internet. 

FonteNo Varejo
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Campanha do McDonald’s no Twitter se torna um fiasco            

A campanha, lançada na semana passada no exterior, com o objetivo de se aproximar mais dos seus clientes e conhecer suas experiências de vida, acabou não dando muito certo. Usando a hashtag: # McDStories para incentivar as pessoas a partilhar suas experiências, a gigante do fast food passou a receber respostas negativas e conhecer as experiências sarcásticas que os clientes passaram em seus restaurantes.

Dentre os tuítes os internautas escreveram:
- “#McDStories paguei a comida e quase fui embora porque estava chapado e convencido de que os atendentes chamaram a polícia e estavam usando a comida como isca".
- “#McDStories eu nunca vou comer no McDonald’s, nunca mais depois de ver que rastejam ratos sobre os pacotes de pães”.
- “#McDStories a publicação é absolutamente falsa. McNuggets não são feitos de frango mecanicamente separada”.

Reações do gênero demonstram que o Twitter ainda é uma ferramenta de publicidade na qual as empresas não conseguem ter um controle total de suas campanhas e podem se tornar vulneráveis, atigindo resultados opostos ao esperado. Por outro lado, o caso revela também o poder que os consumidores possuem.

FonteNo Varejo
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Monsanto não venderá milho transgênico na França
Por Eric Cabanis | AFP 
Sacos contendo o milho geneticamente modificado da Monsanto MON 810, rasgados por …

O grupo americano Monsanto afirmou nesta terça-feira que não venderá milho transgênico em 2012 na França, depois que o governo proibiu o cultivo deste tipo de milho geneticamente modificado. "A Monsanto considera que não se reúnem as condições favoráveis para a comercialização do MON810 na França em 2012 e mais adiante", afirmou o grupo em um comunicado. "Esta posição foi expressa em várias ocasiões e confirmada ante as autoridades francesas", acrescentou a Monsanto. Na segunda-feira, uma centena de militantes hostis aos organismos geneticamente modificados (OGM) ocuparam durante várias horas uma instalação do grupo americano perto de Carcasona (sul), onde tinham sido armazenadas sementes de milho transgênico. Os militantes exigiram a "proibição de cessão, circulação e cultivo" de sementes de OGM. O protesto pressionou a ministra da Ecologia, Nathalie Kosciusko-Morizet, a anunciar a proibição de cultivar estas sementes antes do fim de fevereiro, mediante uma nova moratória. Referindo-se ao protesto, o grupo americano lamentou "a entrada à força e os danos ocasionados" pelos manifestantes a suas instalações, lembrando que não é a primeira operação deste tipo na França. A moratória lançada pela França contra os OGM em fevereiro de 2008 foi recentemente invalidada pela Corte Europeia de Justiça, sediada em Luxemburgo, e pelo Conselho de Estado francês. 

FonteYahoo!
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