Hoje nosso tema será Sustentabilidade. Afinal, nossa sobrevivência depende das condições em que nosso planeta se encontra (que não é das melhores!!!).
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Namastê!
Equipe A&J
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Sacolinha paga encalha
no supermercado
TONI
SCIARRETTA/CAROLINA MATOS
DE
SÃO PAULO
Feriado na capital paulista e supermercados lotados. Diante de
filas imensas nos caixas, os lojistas evitaram entrar em conflito com o
consumidor que "não sabia", ontem, do fim da sacolinha plástica no
Estado de São Paulo. Em vigor desde ontem, a mudança é fruto de um acordo do
setor com o governo do Estado e não tem força de lei. Nos supermercados, os
clientes preferiram não pagar até R$ 0,19 pela sacola biodegradável de amido de
milho, que encalhou. Muitos optaram por caixas de papelão, que começaram a
desaparecer ainda no início da tarde. Os caixas fizeram "vistas
grossas" para o cliente que, não tendo como carregar as coisas,
utilizou-se dos sacos plásticos distribuídos para embalar legumes. O
supermercado Master do shopping Frei Caneca (centro) decidiu comprar sacolas de
"plástico verde", feitas de álcool de cana-de-açúcar, para dar ao
consumidor que fizesse questão da embalagem. Como é produzido com álcool (e não
petróleo), que é uma fonte renovável, ele é considerado menos agressivo. Com
exceção de poucos bate-bocas na boca do caixa, a receptividade foi boa e a
maioria dos clientes foi "preparada" às compras. Quem não levou a
própria ecobag comprou uma na hora. Os supermercados agora têm corredores
inteiros de sacolas retornáveis, que custam a partir de R$ 0,70. Pouquíssimos
consumidores testaram a nova sacolinha biodegradável de amido de milho. Apesar
de o acordo prever a venda a R$ 0,19, o preço diminuiu para R$ 0,18 no Záffari,
R$ 0,14 no Bergamini e R$ 0,10, no Andorinha. No Walmart do Pacaembu, região
central, o comerciante Eli Andrade comprou uma sacolinha biodegradável para
carregar 4 kg de açúcar. A sacolinha rompeu-se ainda no caixa e teve de ser
substituída. "Será que vou ter que comprar duas sacolinhas?" O
estudante Guilherme Lara comprou dez sacolas biodegradáveis no Extra do Itaim
Bibi, zona oeste, para carregar
as compras. Acabou usando só sete. "Vou ter que levar as outras para
casa", disse.
FALTARAM
CAIXAS
No Carrefour Villa-Lobos (zona oeste), as caixas de papelão
acabaram às 15h30. Clientes sem ecobag, como a empresária Tais Caline, acabaram
carregando as compras soltas no carrinho. No hipermercado Andorinha e no
supermercado Bergamini, ambos na zona norte da capital, as caixas de papelão
começaram a sumir ainda no começo da tarde. A orientação dos funcionários aos
clientes era garantir as suas caixas antes mesmo de iniciar as compras.
Enquanto os funcionários do estoque repunham as mercadorias nas prateleiras,
outros já estavam a postos com uma empilhadeira para levar as caixas
recém-esvaziadas para a frente da loja. "Foi uma operação de guerra
treinar as equipes em tão pouco tempo. Aprendemos com a experiência de lojas
que já tiraram a sacolinha antes", disse Ligia Korkes, gerente de
sustentabilidade do Pão de Açúcar. "A adesão foi ótima. É uma mudança de
comportamento que o consumidor gostou de fazer", diz João Galassi,
presidente da Apas (Associação dos supermercados de SP).
No
interior, clientes apelam para as embalagens do setor de frutas
ELIDA
OLIVEIRA/DE RIBEIRÃO PRETO/MARÍLIA ROCHADE CAMPINAS
No
primeiro dia de validade do acordo que barrou as sacolinhas plásticas
descartáveis em supermercados paulistas, consumidores de Ribeirão Preto e
Campinas -duas das maiores cidades do interior do Estado- priorizaram embalagens retornáveis ou improvisaram na
hora de carregar as compras, mas disseram que não vão abrir mão de outros sacos
plásticos para colocar o lixo doméstico. Em Campinas, a 93 km de São Paulo,
alguns consumidores se surpreenderam com a medida. Na região central da cidade,
muitos saíram com os produtos nas mãos ou pegaram os sacos plásticos oferecidos
no setor de frutas, legumes e verduras para levar outros produtos da compra. A
auxiliar de limpeza Fátima Alves Pereira, 38, apelou a uma descartável que
achou no escritório onde trabalha. "Comprar essa biodegradável que também
vai para o lixo? De jeito nenhum. Não compro, levo na mão." A maior parte
dos consumidores ouvidos pela Folha em Campinas disse que tem uma ecobag
(retornável) em casa, mas que ainda não criou o hábito para utilizá-la. Em
Ribeirão Preto, a 313 km da capital, a reportagem visitou os supermercados
Extra, Dia e Alpheu. Só 2 dos 13 clientes entrevistados levaram as compras em
caixas de papelão ou carrinhos de feira. Quatro compraram sacolas
biodegradáveis por R$ 0,20 e os demais investiram R$ 2 nas retornáveis.
"Quem ganha é o supermercado, que vai vender a outra [retornável] mais
cara. O descarte do lixo doméstico continuará sendo feito em sacos
plásticos", afirmou Carlos Gineti, 52, advogado, que carregou as compras
em duas sacolas biodegradáveis. "Isso só foi [feito] para forçar a gente a
comprar sacola", disse a doméstica Leonor Solange Alves, 52, que adotou a
sacola retornável.
Fonte: Folha de S. Paulo – SP
============================Degelo polar penaliza fauna e flora mundial
JULIANA
GONÇALVES
O derretimento do gelo
elevou as taxas de mortalidade das focas harpa, que usam a costa leste do
Canadá para dar à luz seus filhotes
Mesmo
distantes das calotas polares, países tropicais como o Brasil têm sentido na
fauna e na flora os impactos negativos do degelo no Atlântico Norte, consequência
do aquecimento global. Lá, um efeito aparente é a mortalidade de focas harpa;
aqui, a ameaça ronda baleias jubarte, tartarugas pente, albatrozes,
papagaio-da-cara-roxa, recifes de corais e até as araucárias. O problema se
expande em escala preocupante. O desaparecimento do gelo do Atlântico Norte
está causando altas taxas de mortalidade entre focas harpa, revela estudo da
Duke University (EUA) e do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW).
Segundo a pesquisa, a superfície de gelo sofreu redução de 6% a cada década,
desde 1979. As focas harpa usam as camadas de gelo da costa leste do Canadá
para dar à luz seus filhotes nos meses de fevereiro e março, quando termina o
inverno e inicia a primavera no Hemisfério Norte. O Departamento Canadense de Pesca
calcula que 80% dos filhotes de foca nascidos em 2011 tenham morrido por falta
de gelo. O estudo afirma que todos os filhotes morreram nos anos em que houve
pouco gelo no oceano. Além de outros mamíferos árticos afetados pelo
derretimento dos polos, como baleias belugas, pinguins e ursos polares, há
outros animais em todo o planeta ameaçados pelas mudanças climáticas. Baleias
jubarte, tartarugas de pente e albatrozes também estão no rol de animais
ameaçados, segundo a coordenadora da campanha Clima e Energia, do Greenpeace,
Leandra Gonçalves. No Brasil, o exemplo mais emblemático são os recifes de
corais. “Em áreas tropicais, o aumento da temperatura do oceano afeta os corais
e priva muitos outros habitantes de sua fonte de alimentos”, explica Leandra.
Segundo ela, a extinção dos corais está se acelerando e estima-se que, em 50
anos, 80% dos corais de todo o mundo possam desaparecer. A elevação na
temperatura das águas oceânicas não é a única consequência das mudanças
climáticas que pode exterminar algumas espécies. Essas alterações no clima
afetam o habitat, a alimentação e o ciclo reprodutivo de incontáveis animais.
As tartarugas, por exemplo, têm sua reprodução ameaçada pela variação na
temperatura da areia. “Elas dependem da temperatura adequada para o processo de
choca dos ovos. Isso interfere na quantidade de filhotes que conseguem nascer”,
explica o biólogo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS) Denilson
Cardoso.
Risco
de extinção
O
derretimento das calotas polares também representa perigo para espécies
brasileiras. O papagaio-de-cara-roxa, espécie endêmica do litoral sul do
Brasil, está sob risco de extinção. Uma das causas do declínio da população da
ave no Paraná se deve ao aumento do nível do mar, onde a espécie se concentra
na Ilha Rasa, facilmente coberta na maré alta. “As águas internas da ilha já
estão se tornando salobras, o que afeta as árvores que servem de ninhos
naturais”, diz Cardoso. O papagaio faz seus ninhos em ocos de árvores. Para
tentar preservar a espécie, a SPVS tem implantado ninhos artificiais na ilha. O
biólogo lembra que, apesar da tendência de se pensar apenas nas consequências
do calor, as alterações nos períodos de frio e nos regimes de chuvas também
representam ameaças para a manutenção de algumas espécies. “Alguns animais
esperam o período de seca para se reproduzir; outros dependem da água e da
umidade.” A alimentação é outro fator que ameaça a sobrevivência de animais
diante das mudanças no clima. Segundo Cardoso, a elevação das temperaturas tem
provocado a migração de algumas espécies vegetais. Um exemplo bem próximo é a
araucária, que está se deslocando para regiões mais ao Sul, que são mais frias.
“Os animais que se alimentam dessas culturas migrantes se deslocam também ou
morrem de fome. Por isso vemos animais aparecendo nas cidades.” Outros
fenômenos provocados pelas mudanças climáticas podem provocar alterações no
habitat e ameaçar a sobrevivência de animais. Tormentas e tornados, por
exemplo, podem destruir habitats e ninhos e interferir no sistema hídrico,
impedindo gradativamente a reprodução das espécies.
Fonte: Gazeta do Povo – Curitiba
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Malwee apresenta malha
sustentável produzida a partir do reaproveitamento de óleo de cozinha e
garrafas PET
A
Malwee, que acaba de lançar a coleção Summer 2012, apresenta como novidade uma
malha diferenciada, produzida a partir do reaproveitamento do óleo de cozinha,
fios provenientes de retalhos e garrafas PET. Na Malha Sustentável, a produção
ainda conta com a aplicação de um amaciante de cupuaçu que hidrata e oferece
proteção natural contra os raios solares. O óleo de cozinha e os resíduos de
tecido utilizados no processo produtivo são recolhidos com a colaboração dos
próprios funcionários da Malwee e auxiliam na limpeza das malhas. Como
acabamento, a Malha Sustentável recebe o amaciante de cupuaçu que também ajuda a
absorver a umidade. O produto é fornecido através de parcerias com comunidades
nativas da Amazônia, contribuindo com a geração de renda da população local e
ampliando a consciência de preservação da floresta. As peças são uma
continuação ao ciclo da moda sustentável, reforçando o conceito de
sustentabilidade defendido pela Malwee. No último ano, a marca também lançou a
malha PET, apresentada na coleção Inverno 2011.
Fonte: Noticenter – SC
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Pessimismo
sobre Rio + 20 marca Fórum Social
Por
Cristiane Agostine | De Porto Alegre
O
clima de pessimismo sobre os rumos da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, marcou o segundo dia de debates no
Fórum Social Mundial Temático, em Porto Alegre. Ativistas criticaram o texto
base das discussões da conferência, que será realizada em junho, no Rio de
Janeiro, e demonstraram temor sobre o possível fracasso do encontro. A aposta
dos movimentos sociais é que, no caso de esvaziamento da reunião da ONU, as
propostas apresentadas pela sociedade civil deverão ganhar força. Militantes
ambientais, comunidades indígenas, sindicalistas, agricultores, grupos de
mulheres, jovens e negros farão a Cúpula dos Povos, também no Rio, em paralelo
à Rio +20, patrocinada pelos governos. O encontro sobre sustentabilidade que
será promovido pelas Nações Unidas no Rio é um dos principais temas dos debates
desta edição do Fórum Social Mundial Temático, além da crise do capitalismo e
da justiça social. O evento de Porto Alegre, iniciado na terça-feira, será
preparatório para a conferência do Rio. O empresário Oded Grajew, um dos
idealizadores do Fórum Social Mundial, disse que o texto base das discussões da
Rio + 20 está "muito abaixo das expectativas": "O documento não fala
da desigualdade. Hoje, no mundo, 50% dos mais pobres detêm 1% da riqueza; 1%
dos mais ricos detém 5% das riquezas e 10% dos mais ricos detêm 84% das
riquezas. Fazer um documento como esse [sobre sustentabilidade] sem estar
centrado no combate da desigualdade é enfiar a cabeça na areia." O
consultor ambiental Tasso Azevedo mostrou-se desestimulado. "Não há mais
tempo de pensar em grandes objetivos: temos que focar no que pode ser feito e
como. Não conseguimos cravar onde queremos chegar. Assim ficará difícil cobrar
as responsabilidades depois", disse Azevedo, ligado à ex-ministra Marina
Silva. "A pobreza entra na discussão quase como uma condicionante:
primeiro resolve a pobreza para depois falar de sustentabilidade. É uma
falácia, quase igual àquela de deixar o bolo crescer para depois
dividi-lo." O texto criticado por ambientalistas e ativistas foi divulgado
pelas Nações Unidas no início deste mês e é a primeira versão a ser acordada e
firmada pelos países na conferência do Rio. O documento de 19 páginas e 128
parágrafos recebeu contribuições de uma centena de países, que totalizaram mais
de 6 mil páginas de propostas. Estrela do debate, o teólogo Leonardo Boff foi
aplaudido ao reclamar das limitações da Rio +20 e do texto que serve de base
para a conferência. "O documento como está não leva a nenhum lugar. Não
enfrenta as questões, não assume nenhuma crítica ao sistema do capital. É um
documento que já nasceu velho, no século XIX, atendendo aos interesses das
grandes corporações. Será fácil aprová-lo, mas não terá nenhuma
significância", comentou. O teólogo e filósofo Frei Betto lançou dúvidas
sobre a "capacidade" da ONU e do G-8 em defender o tema do
desenvolvimento sustentável. "Pelo que vimos em Copenhague, o G-8 não está
interessado na questão ambiental", comentou. "Mas a Rio +20 pode ser
um grande evento da sociedade civil. Agora que os países desenvolvidos estão em
crise, o meio ambiente será a arma deles para aumentar a pressão sobre os
países em desenvolvimento." Para a ex-senadora e ex-ministra do Meio
Ambiente Marina Silva, a Cúpula dos Povos, articulada pela sociedade civil,
deve ser reforçada na Rio +20. "Infelizmente há uma posição dos governos
de que se deva ter baixas expectativas em relação a esses fóruns
internacionais. Fizeram isso na COP 16, no México, agora em Dubai, na COP 17, e
não vai ser diferente na Rio +20", comentou. A ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, presente em outro debate sobre desenvolvimento sustentável,
disse que a reunião que o Brasil sediará em junho é diferente de outras cúpulas
de discussões ambientais. "É a primeira vez que nós colocaremos a
sociedade civil na reunião da ONU, dentro do espaço da conferência, dialogando
diretamente com o alto nível e com o secretário-geral das Nações Unidas. Esse
modelo é único", disse Izabella.
Fonte: Valor Econômico – SP
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