quinta-feira, janeiro 26, 2012

NOTÍCIAS DO DIA - 26/JAN/2012

Bom dia, boa tarde, boa noite Navegantes!

Hoje nosso tema será Sustentabilidade. Afinal, nossa sobrevivência depende das condições em que nosso planeta se encontra (que não é das melhores!!!).

Participe, deixe sua opinião sobre o tema!!

Namastê!
Equipe A&J
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Sacolinha paga encalha no supermercado

TONI SCIARRETTA/CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Caixas de papelão para embalar as compras tomaram conta dos carrinhos na fila dos caixas do Carrefour da Pamplona

Feriado na capital paulista e supermercados lotados. Diante de filas imensas nos caixas, os lojistas evitaram entrar em conflito com o consumidor que "não sabia", ontem, do fim da sacolinha plástica no Estado de São Paulo. Em vigor desde ontem, a mudança é fruto de um acordo do setor com o governo do Estado e não tem força de lei. Nos supermercados, os clientes preferiram não pagar até R$ 0,19 pela sacola biodegradável de amido de milho, que encalhou. Muitos optaram por caixas de papelão, que começaram a desaparecer ainda no início da tarde. Os caixas fizeram "vistas grossas" para o cliente que, não tendo como carregar as coisas, utilizou-se dos sacos plásticos distribuídos para embalar legumes. O supermercado Master do shopping Frei Caneca (centro) decidiu comprar sacolas de "plástico verde", feitas de álcool de cana-de-açúcar, para dar ao consumidor que fizesse questão da embalagem. Como é produzido com álcool (e não petróleo), que é uma fonte renovável, ele é considerado menos agressivo. Com exceção de poucos bate-bocas na boca do caixa, a receptividade foi boa e a maioria dos clientes foi "preparada" às compras. Quem não levou a própria ecobag comprou uma na hora. Os supermercados agora têm corredores inteiros de sacolas retornáveis, que custam a partir de R$ 0,70. Pouquíssimos consumidores testaram a nova sacolinha biodegradável de amido de milho. Apesar de o acordo prever a venda a R$ 0,19, o preço diminuiu para R$ 0,18 no Záffari, R$ 0,14 no Bergamini e R$ 0,10, no Andorinha. No Walmart do Pacaembu, região central, o comerciante Eli Andrade comprou uma sacolinha biodegradável para carregar 4 kg de açúcar. A sacolinha rompeu-se ainda no caixa e teve de ser substituída. "Será que vou ter que comprar duas sacolinhas?" O estudante Guilherme Lara comprou dez sacolas biodegradáveis no Extra do Itaim Bibi, zona oeste, para carregar as compras. Acabou usando só sete. "Vou ter que levar as outras para casa", disse.

FALTARAM CAIXAS 
No Carrefour Villa-Lobos (zona oeste), as caixas de papelão acabaram às 15h30. Clientes sem ecobag, como a empresária Tais Caline, acabaram carregando as compras soltas no carrinho. No hipermercado Andorinha e no supermercado Bergamini, ambos na zona norte da capital, as caixas de papelão começaram a sumir ainda no começo da tarde. A orientação dos funcionários aos clientes era garantir as suas caixas antes mesmo de iniciar as compras. Enquanto os funcionários do estoque repunham as mercadorias nas prateleiras, outros já estavam a postos com uma empilhadeira para levar as caixas recém-esvaziadas para a frente da loja. "Foi uma operação de guerra treinar as equipes em tão pouco tempo. Aprendemos com a experiência de lojas que já tiraram a sacolinha antes", disse Ligia Korkes, gerente de sustentabilidade do Pão de Açúcar. "A adesão foi ótima. É uma mudança de comportamento que o consumidor gostou de fazer", diz João Galassi, presidente da Apas (Associação dos supermercados de SP).

No interior, clientes apelam para as embalagens do setor de frutas
ELIDA OLIVEIRA/DE RIBEIRÃO PRETO/MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

No primeiro dia de validade do acordo que barrou as sacolinhas plásticas descartáveis em supermercados paulistas, consumidores de Ribeirão Preto e Campinas -duas das maiores cidades do interior do Estado- priorizaram embalagens retornáveis ou improvisaram na hora de carregar as compras, mas disseram que não vão abrir mão de outros sacos plásticos para colocar o lixo doméstico. Em Campinas, a 93 km de São Paulo, alguns consumidores se surpreenderam com a medida. Na região central da cidade, muitos saíram com os produtos nas mãos ou pegaram os sacos plásticos oferecidos no setor de frutas, legumes e verduras para levar outros produtos da compra. A auxiliar de limpeza Fátima Alves Pereira, 38, apelou a uma descartável que achou no escritório onde trabalha. "Comprar essa biodegradável que também vai para o lixo? De jeito nenhum. Não compro, levo na mão." A maior parte dos consumidores ouvidos pela Folha em Campinas disse que tem uma ecobag (retornável) em casa, mas que ainda não criou o hábito para utilizá-la. Em Ribeirão Preto, a 313 km da capital, a reportagem visitou os supermercados Extra, Dia e Alpheu. Só 2 dos 13 clientes entrevistados levaram as compras em caixas de papelão ou carrinhos de feira. Quatro compraram sacolas biodegradáveis por R$ 0,20 e os demais investiram R$ 2 nas retornáveis. "Quem ganha é o supermercado, que vai vender a outra [retornável] mais cara. O descarte do lixo doméstico continuará sendo feito em sacos plásticos", afirmou Carlos Gineti, 52, advogado, que carregou as compras em duas sacolas biodegradáveis. "Isso só foi [feito] para forçar a gente a comprar sacola", disse a doméstica Leonor Solange Alves, 52, que adotou a sacola retornável.

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Degelo polar penaliza fauna e flora mundial

JULIANA GONÇALVES

O derretimento do gelo elevou as taxas de mortalidade das focas harpa, que usam a costa leste do Canadá para dar à luz seus filhotes

Mesmo distantes das calotas polares, países tropicais como o Brasil têm sentido na fauna e na flora os impactos negativos do degelo no Atlântico Norte, consequência do aquecimento global. Lá, um efeito aparente é a mortalidade de focas harpa; aqui, a ameaça ronda baleias jubarte, tartarugas pente, albatrozes, papagaio-da-cara-roxa, recifes de corais e até as araucárias. O problema se expande em escala preocupante. O desaparecimento do gelo do Atlântico Norte está causando altas taxas de mortalidade entre focas harpa, revela estudo da Duke University (EUA) e do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW). Segundo a pesquisa, a superfície de gelo sofreu redução de 6% a cada década, desde 1979. As focas harpa usam as camadas de gelo da costa leste do Canadá para dar à luz seus filhotes nos meses de fevereiro e março, quando termina o inverno e inicia a primavera no Hemisfério Norte. O Departamento Canadense de Pesca calcula que 80% dos filhotes de foca nascidos em 2011 tenham morrido por falta de gelo. O estudo afirma que todos os filhotes morreram nos anos em que houve pouco gelo no oceano. Além de outros mamíferos árticos afetados pelo derretimento dos polos, como baleias belugas, pinguins e ursos polares, há outros animais em todo o planeta ameaçados pelas mudanças climáticas. Baleias jubarte, tartarugas de pente e albatrozes também estão no rol de animais ameaçados, segundo a coordenadora da campanha Clima e Energia, do Greenpeace, Leandra Gonçalves. No Brasil, o exemplo mais emblemático são os recifes de corais. “Em áreas tropicais, o aumento da temperatura do oceano afeta os corais e priva muitos outros habitantes de sua fonte de alimentos”, explica Leandra. Segundo ela, a extinção dos corais está se acelerando e estima-se que, em 50 anos, 80% dos corais de todo o mundo possam desaparecer. A elevação na temperatura das águas oceânicas não é a única consequência das mudanças climáticas que pode exterminar algumas espécies. Essas alterações no clima afetam o habitat, a alimentação e o ciclo reprodutivo de incontáveis animais. As tartarugas, por exemplo, têm sua reprodução ameaçada pela variação na temperatura da areia. “Elas dependem da temperatura adequada para o processo de choca dos ovos. Isso interfere na quantidade de filhotes que conseguem nascer”, explica o biólogo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS) Denilson Cardoso.

Risco de extinção 
O derretimento das calotas polares também representa perigo para espécies brasileiras. O papagaio-de-cara-roxa, espécie endêmica do litoral sul do Brasil, está sob risco de extinção. Uma das causas do declínio da população da ave no Paraná se deve ao aumento do nível do mar, onde a espécie se concentra na Ilha Rasa, facilmente coberta na maré alta. “As águas internas da ilha já estão se tornando salobras, o que afeta as árvores que servem de ninhos naturais”, diz Cardoso. O papagaio faz seus ninhos em ocos de árvores. Para tentar preservar a espécie, a SPVS tem implantado ninhos artificiais na ilha. O biólogo lembra que, apesar da tendência de se pensar apenas nas consequências do calor, as alterações nos períodos de frio e nos regimes de chuvas também representam ameaças para a manutenção de algumas espécies. “Alguns animais esperam o período de seca para se reproduzir; outros dependem da água e da umidade.” A alimentação é outro fator que ameaça a sobrevivência de animais diante das mudanças no clima. Segundo Cardoso, a elevação das temperaturas tem provocado a migração de algumas espécies vegetais. Um exemplo bem próximo é a araucária, que está se deslocando para regiões mais ao Sul, que são mais frias. “Os animais que se alimentam dessas culturas migrantes se deslocam também ou morrem de fome. Por isso vemos animais aparecendo nas cidades.” Outros fenômenos provocados pelas mudanças climáticas podem provocar alterações no habitat e ameaçar a sobrevivência de animais. Tormentas e tornados, por exemplo, podem destruir habitats e ninhos e interferir no sistema hídrico, impedindo gradativamente a reprodução das espécies.

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Malwee apresenta malha sustentável produzida a partir do reaproveitamento de óleo de cozinha e garrafas PET

Malha Susntentável é produzida com óleo de cozinha e garrafas PET e recebe amaciante de cupuaçu

A Malwee, que acaba de lançar a coleção Summer 2012, apresenta como novidade uma malha diferenciada, produzida a partir do reaproveitamento do óleo de cozinha, fios provenientes de retalhos e garrafas PET. Na Malha Sustentável, a produção ainda conta com a aplicação de um amaciante de cupuaçu que hidrata e oferece proteção natural contra os raios solares. O óleo de cozinha e os resíduos de tecido utilizados no processo produtivo são recolhidos com a colaboração dos próprios funcionários da Malwee e auxiliam na limpeza das malhas. Como acabamento, a Malha Sustentável recebe o amaciante de cupuaçu que também ajuda a absorver a umidade. O produto é fornecido através de parcerias com comunidades nativas da Amazônia, contribuindo com a geração de renda da população local e ampliando a consciência de preservação da floresta. As peças são uma continuação ao ciclo da moda sustentável, reforçando o conceito de sustentabilidade defendido pela Malwee. No último ano, a marca também lançou a malha PET, apresentada na coleção Inverno 2011.

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Pessimismo sobre Rio + 20 marca Fórum Social

Por Cristiane Agostine | De Porto Alegre

O clima de pessimismo sobre os rumos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, marcou o segundo dia de debates no Fórum Social Mundial Temático, em Porto Alegre. Ativistas criticaram o texto base das discussões da conferência, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro, e demonstraram temor sobre o possível fracasso do encontro. A aposta dos movimentos sociais é que, no caso de esvaziamento da reunião da ONU, as propostas apresentadas pela sociedade civil deverão ganhar força. Militantes ambientais, comunidades indígenas, sindicalistas, agricultores, grupos de mulheres, jovens e negros farão a Cúpula dos Povos, também no Rio, em paralelo à Rio +20, patrocinada pelos governos. O encontro sobre sustentabilidade que será promovido pelas Nações Unidas no Rio é um dos principais temas dos debates desta edição do Fórum Social Mundial Temático, além da crise do capitalismo e da justiça social. O evento de Porto Alegre, iniciado na terça-feira, será preparatório para a conferência do Rio. O empresário Oded Grajew, um dos idealizadores do Fórum Social Mundial, disse que o texto base das discussões da Rio + 20 está "muito abaixo das expectativas": "O documento não fala da desigualdade. Hoje, no mundo, 50% dos mais pobres detêm 1% da riqueza; 1% dos mais ricos detém 5% das riquezas e 10% dos mais ricos detêm 84% das riquezas. Fazer um documento como esse [sobre sustentabilidade] sem estar centrado no combate da desigualdade é enfiar a cabeça na areia." O consultor ambiental Tasso Azevedo mostrou-se desestimulado. "Não há mais tempo de pensar em grandes objetivos: temos que focar no que pode ser feito e como. Não conseguimos cravar onde queremos chegar. Assim ficará difícil cobrar as responsabilidades depois", disse Azevedo, ligado à ex-ministra Marina Silva. "A pobreza entra na discussão quase como uma condicionante: primeiro resolve a pobreza para depois falar de sustentabilidade. É uma falácia, quase igual àquela de deixar o bolo crescer para depois dividi-lo." O texto criticado por ambientalistas e ativistas foi divulgado pelas Nações Unidas no início deste mês e é a primeira versão a ser acordada e firmada pelos países na conferência do Rio. O documento de 19 páginas e 128 parágrafos recebeu contribuições de uma centena de países, que totalizaram mais de 6 mil páginas de propostas. Estrela do debate, o teólogo Leonardo Boff foi aplaudido ao reclamar das limitações da Rio +20 e do texto que serve de base para a conferência. "O documento como está não leva a nenhum lugar. Não enfrenta as questões, não assume nenhuma crítica ao sistema do capital. É um documento que já nasceu velho, no século XIX, atendendo aos interesses das grandes corporações. Será fácil aprová-lo, mas não terá nenhuma significância", comentou. O teólogo e filósofo Frei Betto lançou dúvidas sobre a "capacidade" da ONU e do G-8 em defender o tema do desenvolvimento sustentável. "Pelo que vimos em Copenhague, o G-8 não está interessado na questão ambiental", comentou. "Mas a Rio +20 pode ser um grande evento da sociedade civil. Agora que os países desenvolvidos estão em crise, o meio ambiente será a arma deles para aumentar a pressão sobre os países em desenvolvimento." Para a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, a Cúpula dos Povos, articulada pela sociedade civil, deve ser reforçada na Rio +20. "Infelizmente há uma posição dos governos de que se deva ter baixas expectativas em relação a esses fóruns internacionais. Fizeram isso na COP 16, no México, agora em Dubai, na COP 17, e não vai ser diferente na Rio +20", comentou. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, presente em outro debate sobre desenvolvimento sustentável, disse que a reunião que o Brasil sediará em junho é diferente de outras cúpulas de discussões ambientais. "É a primeira vez que nós colocaremos a sociedade civil na reunião da ONU, dentro do espaço da conferência, dialogando diretamente com o alto nível e com o secretário-geral das Nações Unidas. Esse modelo é único", disse Izabella.

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